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BES "mau" vende banco da Líbia por 3,9 milhões de euros

O BES alienou a posição de 40% que detinha no Aman Bank à Freslake Limited. Esta havia sido uma das posições que não tinham sido transferidas para o Novo Banco. Foi vendida por 3,9 milhões. Custou 37,8 milhões em 2009.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Março de 2015 às 17:26
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O banco "mau" Banco Espírito Santo vendeu a sua posição no Aman Bank, a unidade que detinha na Líbia. O negócio valeu 3,9 milhões de euros à instituição presidida por Luís Máximo dos Santos (na foto).

 

"Como contrapartida pela conclusão da transacção, o BES recebeu o valor de €3.900.000 (três milhões e novecentos mil euros), a título de preço fixo e incondicional", indica o comunicado emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

O comprador é a sociedade Frelaske Limited, que adquiriu as "4.000.802 acções da sociedade líbia Aman Bank for Commerce and Investment (Aman Bank), representativas de cerca de 40% do capital social do Aman Bank". A pesquisa pela empresa ainda não indicou quem está por detrás deste investimento. Não foi ainda possível obter explicação por parte desta entidade que ficou com os activos e passivos do antigo BES considerados problemáticos. 

 

O Aman Bank era um dos activos que o BES "mau" tinha para valorizar, de forma a limitar as elevadas responsabilidades que o BES assumiu e que, segundo o seu presidente, Luís Máximo dos Santos, resultaram num capital próprio "claramente negativo".

 

Na resolução do Banco Espírito Santo, a 3 de Agosto, o Banco de Portugal optou por não transferir para o Novo Banco as acções representativas do capital social do Aman Bank nem as obrigações contraídas pela instituição.

 

Compra a 37,8 milhões, venda a 3,9 milhões

 

Nos últimos resultados semestrais do BES, apresentados a 30 de Julho de 2014, o BES apresentou uma imparidade de 10,2 milhões de euros na participação do Aman Bank, "na sequência da situação política e social na Líbia que impede o BES de exercer o controlo sobre esta filial". A filial de Tripoli contava com 33 balcões naquele país. 

 

Quando adquiriu os 40% da instituição líbia, em 2009, o Banco Espírito Santo desembolsou 23 milhões de euros na transacção e comprometeu-se a participar num aumento de capital mantendo a mesma proporção. Ao todo, o investimento total ascendeu a 37,8 milhões de euros. A operação concretizou-se em 2010. Cinco anos, o investimento resvalou praticamente 10 vezes e rendeu apenas 3,9 mil milhões de euros. 

 

O BES detinha 40% do banco, sendo que os restantes 60% pertencem a entidades e cidadãos do direito privado líbio, de acordo com o site oficial. O parceiro português, explica a mesma fonte, era o responsável pela gestão executiva.  

 

(Notícia actualizada às 17h50 com mais informações)

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