O Novo Banco vai contratar uma avaliação "independente" a uma "consultora internacional de renome" sobre as vendas de carteiras de imóveis que têm suscitado críticas ao banco que nasceu da resolução do Banco Espírito Santo.

A informação foi avançada por Luís Marques Mendes nos comentários habituais na SIC, citando uma carta escrita pelo presidente do Novo Banco (NB) ao comentador. "O presidente do NB informa-me nessa carta que, apesar de todas estas explicações, o NB resolveu, mesmo assim, ‘pedir uma opinião independente a uma consultora internacional de renome, que possa responder de forma imparcial às dúvidas enunciadas’ (sic)". Este anúncio de Ramalho merece a felicitação de Marques Mendes, concluindo que "quem não deve não teme".

O Negócios tentou saber mais sobre esta avaliação independente, mas não obteve, até ao momento, qualquer informação do Novo Banco. Falta perceber qual o espetro dessa avaliação. A última informação polémica, divulgada pelo Público, foi a de que o Novo Banco tinha financiado o comprador da carteira de imóveis que lhe vendeu. Uma ação que, segundo a mesma carta a Marques Mendes, Ramalho diz ser "normal", tendo sido "autorizado pela União Europeia", tal como o Económico já tinha noticiado.

O Novo Banco está a ser avaliado, entretanto, pela Deloitte, que analisa os atos de gestão entre 2000 e 2018, numa auditoria que já devia ter sido entregue no final de julho, mas da qual só enviou dados preliminares. Está também em andamento a análise ao ano 2019, depois do ajuda pública destinada a cobrir os rácios de capital do Novo Banco.