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Volvo Cars a caminho da bolsa
A empresa, detida pelos chineses da Geely, deu mais um passo no sentido de se tornar uma empresa cotada, com a venda de acções preferenciais a investidores institucionais.
A Volvo Cars, detida pela chinesa Geely, conseguiu financiar-se em 5 mil milhões de coroas suecas (511 milhões de euros) junto de três investidores institucionais suecos, um passo que é visto como a primeira fase da desejada ida para a bolsa daquele fabricante de automóveis.
Em comunicado, citado pelo Financial Times, a empresa especifica que entre o grupo de investidores se encontram dois fundos de pensões - a AMF e o Primeiro Fundo Nacional de Pensões Sueco - que compraram acções preferenciais podem vir a ser convertidas em acções cotadas em bolsa, por decisão maioritária dos investidores.
Após a Zhejiang Geely ter assumido a Volvo Cars, a empresa tem vindo a registar um aumento nas vendas e nos lucros e a expandir o seu negócio na China e nos Estado Unidos com a construção de novas fábricas. De acordo com o Financial Times, a estratégia passa por fazer frente aos fabricantes de topo alemães.
A Volvo Cars separou-se do Grupo Volvo em 1999, seguindo-se uma década de administração sob a chancela da Ford. A antiga empresa-mãe dedica-se agora a equipamento de construção e ao fabrico de camiões. Com a administração chinesa, a empresa automóvel foi alvo de um programa de investimento de 7,5 mil milhões de coroas.
Nos primeiros nove meses de 2016, a Volvo Cars registou um lucro de 7,7 mil milhões de coroas, acima dos 6,6 mil milhões de coroas de lucro registados ao longo de todo o ano de 2015.
Para os próximos anos, avança ainda o documento, a empresa pretende continuar a apostar no reposicionamento da sua marca e competir com os rivais de topo, bem como "reavivar a sua actividade nos Estados Unidos e desenvolver a sua marca global de fabrico, crescer ainda mais na China e duplicar a sua quota de mercado na Europa".
A Volvo Cars revela ainda estar a trabalhar no campo da condução autónoma, em parceria com a Autoliv, uma empresa de tecnologia de segurança automóvel. O fabricante automóvel pretende introduzir uma nova gama de veículos, de forma a assegurar a sua posição na liderança em segurança automóvel e tecnologias de condução autónoma.
No mesmo sentido, a empresa sueca também referiu a aliança com a Uber, no sentido de construir e desenvolver uma base de automóveis autónomos.