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Trabalhadores são obstáculo à venda da Ducati pela VW
A Volkswagen suspendeu o processo de venda da linha de motas Ducati, segundo avança a Reuters. A oposição dos trabalhadores, que controlam metade da administração, é um dos motivos invocados.
Os trabalhadores e os sindicatos estão contra a venda da Ducati pela Volkswagen. Foi esse o motivo para que o processo de alienação fosse suspenso, conforme adianta a Reuters.
Segundo as fontes da agência Reuters, a força laboral estava contra, independentemente do preço oferecido. E 10 dos 20 assentos do conselho de supervisão da fabricante automóvel alemã são ocupados por representantes dos trabalhadores e dos sindicatos. Este conselho tem de aprovar a transacção.
A Ducati é uma marca totalmente detida pela Audi desde 2012, por sua vez propriedade da Volkswagen. A alienação da insígnia de motas é falada desde a primeira metade do ano, tendo inclusive contactado potenciais interessados, como noticiado em Abril.
Ora, a empresa alemã pede agora a quem apresentou as propostas que adie a entrega de eventuais ofertas vinculativas pela marca italiana. Segundo a agência, as ofertas pela marca fundada em 1926 ascendem aos 1,5 mil milhões de euros. Fundos de "private equity" e outras fabricantes de motociclos são apontados pela Bloomberg como interessados.
A venda da Ducati fazia parte das possibilidades de a Volkswagen se desfazer de activos não estratégicos, como forma de compensar o escândalo das emissões poluentes da fabricante, devido às potenciais indemnizações avultadas. A mudança de orientação da empresa era um dos caminhos a seguir, mas que ainda não está completamente definida – outra das razões que a Reuters diz contribuir para o adiamento e suspensão da operação.