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Trabalhadores da Autoeuropa aprovaram pré-acordo laboral que prevê aumento de 5,2%

Para o coordenador da Comissão de Trabalhadores da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, "o acordo é positivo para os trabalhadores da Autoeuropa e permite atenuar os efeitos da inflação".

O transporte rodoviário para trabalhadores custa 5,6 milhões de euros (com IVA) por ano à Autoeuropa.
João Cortesão
17 de Dezembro de 2022 às 02:35
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Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram esta sexta-feira, com 61% de votos favoráveis, um acordo laboral para 2023 com um aumento de 5,2% e um mínimo de 80 euros, mas que poderá ser de 140 euros para a maioria dos funcionários.

Segundo revelou a Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa, dos 5.016 inscritos no referendo realizado na quinta e sexta-feira, exerceram o direito de voto 3.902, dos quais 2.396 (61,4%) votaram a favor do novo pré-acordo e 1.482 (38%) votaram contra. Registaram-se ainda 16 votos em branco e 8 nulos.

Para o coordenador da CT da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, "o acordo é positivo para os trabalhadores da Autoeuropa e permite atenuar os efeitos da inflação".

"Este acordo também põe termo à ameaça à paz social na empresa, que nas últimas semanas tem sido promovida pela irresponsabilidade de algumas organizações político-sindicais", disse Rogério Nogueira, assegurando que a "via do diálogo será sempre a prioridade da CT".

No passado dia 6 de dezembro, os trabalhadores da Autoeuropa tinham rejeitado um anterior pré-acordo após as greves parciais, de duas horas por turno, nos dias 17 e 18 de novembro, que os sindicatos mantiveram contra a vontade da CT, que preferia retomar o diálogo com a empresa.

Na origem do conflito entre os trabalhadores e administração da empresa estava a exigência de um aumento extraordinário de 5%, com retroativos desde julho, para compensar a perda de poder de compra devido à inflação, além dos 2% de aumento que já estava negociado para vigorar a partir de janeiro de 2023.

Inicialmente a administração da Autoeuropa propunha apenas um prémio único de 400 euros, mas, depois da rejeição do primeiro pré-acordo e das greves parciais, chegou a um novo acordo com a CT, que foi hoje aprovado pela maioria dos trabalhadores da fábrica de Palmela.

Segundo a CT, o acordo agora aprovado prevê um aumento salarial de 5,2%, com um mínimo de 80 euros por trabalhador, mas que, na prática, deverá ser de 100 euros para a maioria dos trabalhadores, que trabalham por turnos, e que, por isso, vão receber mais 20 euros no subsídio de turno.

Além destes 100 euros de aumento, a maioria dos trabalhadores da Autoeuropa vai também beneficiar do prémio mensal de assiduidade de 40 euros, que não deixará de ser pago devido a "férias, dias especiais, dias de compensação, 'down days' (dias de não produção), licença de casamento, licenças de maternidade/parentalidade e dias de nojo".
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