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Táxis voadores continuam num futuro distante

Sem dúvida, a ideia é audaciosa: evitar o trânsito em cidades congestionadas sobrevoando-o. Uma solução rápida, tranquila, ecológica e barata.

Bloomberg
30 de Abril de 2017 às 18:00
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Este conceito — que requer um novo tipo de veículo com decolagem e aterragem verticais (VTOL), movido a bateria — é o supra-sumo de Silicon Valley em termos de auto libertação e maior eficiência. Estes veículos eléctricos funcionariam a partir de "vertiportos" situados nas áreas urbanas, predominantemente no topo dos edifícios. E, em algum momento do futuro, eles prescindiriam de tripulação.

 

"Na hierarquia de necessidades nerd, o carro voador está lá em cima, ao pé da possibilidade de fazer o ‘download’ do cérebro", observou a Bloomberg Businessweek no ano passado num perfil das ambições de aviação de Larry Page, um dos fundadores do Google, e da busca aparentemente interminável do voo individual. Bom, aqueles nerds continuam a insistir nisso.

 

A Uber Technologies divulgou os passos iniciais da sua visão sobre o transporte aéreo, anunciando cinco empresas parceiras de diversas especialidades com o objectivo de transformar esse item básico da ficção científica em algo comum e acessível. Os testes iniciais estão projectados para 2020 em Dallas e Dubai, duas cidades lotadas de carros onde o interesse na aviação exerce grande influência.

 

"Se não se estiver plantado sementes para colher dentro de cinco ou 10 anos, não haverá mais uma empresa daqui a cinco ou 10 anos", disse Jeff Holden, director de produtos da Uber.

 

Muitas startups querem adiantar o dia em que todos teremos um carro voador, mas a Uber e as suas parceiras consideram que um táxi aéreo é o primeiro passo lógico. A companhia divulgou um documento técnico em Outubro para discutir as suas visões sobre o transporte aéreo urbano.

 

No entanto, mesmo para uma incursão limitada pelo mundo de George Jetson e Blade Runner, seria difícil exagerar quantos avanços fundamentais precisam acontecer, nos âmbitos técnico e regulatório, antes que alguém possa pedir um táxi do céu.

 

Ninguém construiu uma aeronave do tipo que a Uber imagina, muito menos uma que consiga transportar três ou quatro pessoas silenciosamente com vários rotores de propulsão a bateria. A tecnologia das baterias precisa de anos de avanços para que ficarem mais pequenas e mais leves, dois atributos essenciais para um VTOL eficiente.

 

Até mesmo a simples questão de nomear estas coisas não é simples. Um carro voador? Não, a futura aeronave com vários rotores não será parecida com um automóvel. Também não será um helicóptero mais pequeno com uma tecnologia mais avançada. E, independentemente do consenso em relação à nomenclatura, levando em consideração os custos — a Uber sugere que o custo de longo prazo rondará os 200.000 dólares —, é improvável que grandes quantidades de motoristas troquem os seus carros terrestres pelo transporte voador. Na verdade, à primeira vista talvez estes veículos sejam exóticos demais até mesmo para as frotas de táxi aéreo. Considerando o foco intenso em oferecer transporte pelo ar com o custo mais baixo possível, para que este se torne um serviço para as massas, uma espécie de circular voador parece mais apto às tarifas baratas.

 

E qualquer novo design de aeronave, por sua vez, exigirá novos padrões, regulamentações e as certificações governamentais desses padrões, além dos testes de software, já que serão necessários programas para ajudar a operar a aeronave.

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