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SAG agrava perdas em 2017 para perto de 10 milhões

A importadora das marcas Audi, Skoda, Volkswagen, Bentley e a Lamborghini registou prejuízos de 9,8 milhões no ano passado, contra 1,2 milhões de perdas em 2016. A pesar esteve, nomeadamente, um aumento de custos de cerca de 1,5 milhões de euros.

O mandato do conselho de administração da SAG, presidido por João Pereira Coutinho, terminou no final de 2017, ano em que as funções executivas passaram a ser asseguradas pelo presidente em conjunto com dois administradores-delegados.
06 de Março de 2018 às 20:59
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A SAG Gest - Soluções Automóveis Globais registou m resultado líquido consolidado negativo de 9,8 milhões de euros em 2017, um agravamento face às perdas de 1,2 milhões um ano antes, segundo o relatório e contas da empresa divulgado esta terça-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A dona da Sociedade Importadora de Veículos Automóveis (SIVA), que importa as marcas Audi, Skoda e Volkswagen, sublinha também que o volume de negócios consolidado em 2017 registou uma redução de 2%, para 620,7 milhões de euros, por comparação com os 633,4 milhões reportados um ano antes.

 

O total de viaturas novas comercializadas pela SIVA (30.171 unidades) registou uma redução de 4,3% em 2017, decompondo-se numa redução de 1,4% (343 unidades) no volume associado às redes de concessionários e outros canais e numa redução de 15,5% (999 unidades) no volume relativo ao negócio de "rent-a-car", refere a empresa.

 

A empresa presidida por João Pereira Coutinho anuncia também, nas suas contas que o  EBITDA consolidado foi de 7,7 milhões no período de referência, uma redução de 57,5% (10,5 milhões) em relação ao valor de 2016.

 

E esta diminuição, segundo a SAG, decorre essencialmente da deterioração das condições do negócio e da redução na actividade; do reforço, em cerca de 2,8 milhões de euros (28,4%) do investimento em publicidade e campanhas comerciais de apoio às marcas representadas pela SIVA; e ainda de um processo interno de reorganização, que se traduziu, neste ano, por um aumento de custos de cerca de 1,5 milhões de euros.

"As condições de exploração, e os resultados foram, no final do ano de 2017, fortemente deteriorados pelas necessidades acrescidas de fundo de maneio, que não puderam ser integralmente financiadas pela banca comercial, daí resultando uma pressão adicional para a venda de ‘stocks’ em condições comercialmente menos vantajosas", realça a empresa.

 

E acrescenta: "o contexto da conta de resultados da SAG Gest, no quadro da profunda reestruturação financeira concluída em 2015, tem vindo a agravar risco de liquidez, ao que a SAG Gest tem vindo a responder com uma criteriosa e intensa gestão centralizada dos seus fluxos de caixa e uma permanente comunicação com as instituições financeiras que tradicionalmente a têm apoiado".

 

No entanto, segundo a empresa, os pressupostos do referido processo de reestruturação que permitiram o reequilíbrio da estrutura financeira consolidada da SAG Gest vieram a ser contrariados pela deterioração das condições de negócio, o que impediu, especialmente no final de ano de 2017, a criação de condições para a apresentação de uma demonstração de resultados consolidados sustentável.

 

Plano de reposicionamento do negócio é imperativo

"A não verificação da capacidade de acomodar os impactos temporários associados às características do principal negócio desenvolvido pela SAG Gest poderá traduzir-se num risco acrescido para o normal desenvolvimento das actividades da SAG Gest e das suas participadas", adverte a empresa.

 

Nesse sentido, "o Conselho de Administração da SAG Gest está a desenvolver, em conjunto com as marcas representadas da SIVA, um plano de reposicionamento do seu negócio, de forma a inverter a actual situação e a garantir a sustentabilidade deste grupo de empresas e, em consequência, o seu acesso às fontes de financiamento necessárias para a sua actividade".

 

A dívida líquida consolidada no final de Dezembro de 2017 ascendia a 125,2 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 29,7 milhões em relação ao valor do final do ano de 2016. E, segundo a empresa, este agravamento "resulta essencialmente de necessidades acrescidas de fundo de maneio, em consequência das condições crescentemente agressivas na venda de veículos novos e usados".

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