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Renault-Nissan quer vender carros eléctricos a 8.000 dólares na China

Carlos Ghosn, presidente da Renault-Nissan, defendeu esta terça-feira que a construtora automóvel vai confiar cada vez mais na tecnologia de terceiros. E concentrar-se na investigação. Para a qual precisa de mais engenheiros.

Carlos Ghosn, CEO da Nissan
08 de Novembro de 2016 às 18:12
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No mercado chinês, o "que está à venda são carros eléctricos muito baratos", afirmou esta terça-feira, 8 de Novembro, Carlos Ghosn, durante o painel sobre "Obstáculos à condução autónoma", durante o segundo dia do Web Summit, que se realiza até quinta-feira em Lisboa.

Neste contexto, o que o grupo Renault-Nissan ambiciona, "dentro de um par de anos", é vender carros eléctricos naquele mercado, "sem incentivo do governo" de Pequim, de "8.000 dólares". O que representa, ao câmbio desta terça-feira, 8 de Novembro de 2016, cerca de 7,22 mil euros.

Uma vez que, admitiu, na área das baterias, "onde muitas empresas estão" há "muita concorrência", a estratégia do grupo passará por "aproveitar os fornecedores" e os investimentos que estes já fizeram nesse campo.

Para que assim, a Renault-Nissan possa concentrar-se "em investigação" e no desenvolvimento do próprio carro. "Não podemos fazer tudo sozinhos", disse o CEO do grupo automóvel, "e temos que acreditar no que os outros estão a fazer" em termos tecnológicos, dando o exemplo da agência espacial NASA, com a qual a Renault-Nissan está "a colaborar".

Sobre a condução autónoma, o grupo está, para já, concentrado em carros autónomos com condutor, disse. E aí, frisou, ainda há muito que fazer. Porque, sublinhou, conduzir um carro "em Tóquio, Mumbai ou no Cairo" são coisas completamente diferentes quando se fala em autonomia do veículo. "Não é a mesma coisa para os carros", frisou.

Até lá, há que testar os veículos "em ambiente caótico", ultrapassar as barreiras da regulação em cada mercado (porque estamos a falar de "conduzir sem as mãos no volante"), e esperar que "o consumidor confie na tecnologia". Ainda assim, demostrou-se "muito optimista" porque, justificou, esta é uma tecnologia que "traz muitas vantagens".

Questionado sobre o desenvolvimento de software, e se iria o grupo substituir ou rivalizar com as grandes tecnológicas neste campo, Carlos Ghosn garantiu que "o diálogo é muito aberto" com empresas como a Google. No grupo, admitiu mesmo, "precisamos de milhares de engenheiros para as conexões de software", adiantado que além dos "25.000 engenheiros" que já têm, "estão a contratar" directamente, ou comprar "empresas que os tenham".

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