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Renault investigada em França por suspeita de fraude nas emissões. Acções afundam 6%

As autoridades francesas abriram uma investigação à Renault, com base em suspeitas de que a marca terá manipulado os níveis de emissões de alguns veículos diesel. Após a notícia, as acções afundaram 6%.

13 de Janeiro de 2017 às 11:57
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As autoridades francesas deram início a uma investigação preliminar à Renault devido a suspeitas de que a fabricante automóvel terá manipulado as emissões de alguns dos seus motores diesel para ocultar níveis anormais de poluentes.

A notícia reflectiu-se de imediato na negociação das acções da fabricante francesa, que chegaram a afundar um máximo de 5,97% para 81,10 euros, durante a manhã. Nesta altura, seguem a desvalorizar 2,31% para 84,26 euros.

A investigação das autoridades surge no seguimento da decisão do Ministério do Ambiente, liderado por Sególène Royal, de criar uma comissão para testar os veículos comercializados no país, depois do escândalo "dieselgate" da Volkswagen, que estalou em Setembro de 2015.

Nos testes aos veículos, realizados em condições reais, vários modelos superaram os níveis de emissões permitidos, apresentando valores muito superiores aos exibidos nos testes de laboratório.

Os resultados acabaram por ser comunicados à Procuradoria de Paris pela Direcção Geral da Concorrência, Consumo e Repressão de Fraudes, um organismo pertencente ao Ministério francês da Economia, em Novembro. Este mesmo organismo investigou a sede da Renault e vários centros técnicos da fabricante automóvel já no início deste ano.  
 

Num comunicado emitido ao início desta trade, a Renault confirma, "sem ter conseguido obter confirmação oficial nesta fase", a abertura de investigações judiciais.

A fabricante automóvel reitera, contudo, que cumpre todas as regras francesas e europeias e que todos os veículos da marca sempre foram homologados de acordo com as leis e regulamentos.

"Os veículos não estão equipados com software destinado a manipular os sistemas anti-poluição", assegura a empresa.

(Notícia actualizada às 13:37 com comunicado da Renault)

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