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PSA e Total juntam-se para produzir baterias em investimento de 5 mil milhões

O grupo automóvel liderado por Carlos Tavares e a petrolífera francesa criaram uma "joint-venture" para a produção de baterias para veículos elétricos. O projeto tem um investimento total estimado superior a cinco mil milhões de euros.

04 de Setembro de 2020 às 12:34
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O grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS e Opel) e a petrolífera Total anunciaram esta sexta-feira a criação formal da ACC - Automotive Cells Company, uma "joint-venture" para a produção de baterias para veículos elétricos.

O projeto, que havia sido anunciado em janeiro deste ano, visa criar "um ator mundial de referência no desenvolvimento e fabrico de baterias para a indústria automóvel, que começará a operar a partir de 2023", indica o comunicado.

O contributo da Total/Saft terá por base "a sua experiência em matéria de Pesquisa & Desenvolvimento e de industrialização", enquanto o grupo liderado por Carlos Tavares aporta "o seu conhecimento do mercado automóvel e de produção em massa".

Atualmente, quer o Centro de P&D de Bordéus e a fábrica-piloto em Nersac (na foto), ambos em França, "já se encontram numa fase inicial de operação, de modo a permitir o desenvolvimento de novas tecnologias de células de iões de lítio de elevado desempenho", assinalam as empresas.

"No final desta fase inicial de P&D, segue-se a produção em massa, com base nas duas "GigaFactories" de Douvrin (França) e Kaiserslautern (Alemanha)", acrescenta o comunicado.

A nova empresa traçou como objetivos "responder aos desafios da transição energética", "produzir baterias para veículos elétricos que estarão ao melhor nível tecnológico", bem como "desenvolver a capacidade de produção " e, assim, "assegurar a independência industrial europeia tanto em termos de conceção como de fabrico de baterias".

A PSA estima que o mercado europeu deverá atingir os 400 GWh de baterias até 2030, o que corresponde a 15 vezes mais do que os níveis atuais.

O projeto prevê que a ACC tenha "inicialmente uma capacidade de 8 GWh",  que deverá ser expanida até "atingir uma capacidade acumulada de 48 GWh, em ambas as fábricas, até 2030". O que, assinala o comunicado, "corresponderá à produção de 1 milhão de veículos elétricos por ano, representando mais de 10% do mercado europeu".


O projeto conta com apoios financeiros estatais da França e Alemanha num montante de 1,3 mil milhões de euros, sendo que o 
investimento total do projeto ultrapassa os 5 mil milhões de euros.


A ACC contacom Yann Vincent como diretor-geral e Ghislain Lescuyer como "chairman".

Citado no comunicado, Carlos Tavares, CEO da PSA, sublinha que "a
 criação de um consórcio europeu de baterias que tanto desejávamos é, agora, uma realidade". "Quero reconhecer o compromisso das equipas da Total/Saft e da PSA/Opel, que permitiram a concretização deste projeto (...) que garante ao Groupe PSA uma vantagem competitiva num contexto de crescente venda de veículos elétricos. A ACC permite que o Groupe PSA continue a avançar no seu caminho rumo à neutralidade carbónica", acrescenta.




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