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Pequim abre processo na OMC contra tarifas de Bruxelas a elétricos "made in China"

O governo chinês e a Comissão Europeia continuam a negociar para tentar encontrar um acordo que permita travar uma guerra comercial entre os dois blocos.

Bruxelas quer proteger a indústria automóvel europeia, sujeita a regras mais exigentes que a chinesa, que ainda beneficia de subsídios estatais.
Claudia Greco/Reuters
04 de Novembro de 2024 às 14:01
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O governo chinês apresentou esta segunda-feira um pedido de consulta com a União Europeia (UE) junto da Organização Mundial de Comércio (OMC) contestando as tarifas aplicadas pela Comissão Europeia a veículos automóveis elétricos fabricados na China, indicou em comunicado o Ministério chinês do Comércio. Fonte da OMC já confirmou ao site Politico que a organização recebeu o pedido formal de Pequim.

Este é o primeiro passo para qualquer acordo referente a uma disputa comercial no seio da OMC e tem uma duração de 60 dias.

As tarifas aplicadas por Bruxelas entraram em vigor no final da semana passada e abrangem não apenas os fabricantes chineses mas também os construtores automóveis ocidentais que produzam e exportem para a UE veículos "made in China". Esse é o caso, por exemplo, da Tesla.

O dossiê das tarifas sobre os automóveis elétricos fabricados na China deixou a nu divisões no seio do bloco europeu, com a Alemanha, maior mercado automóvel e maior produtor automóvel europeu, a votar contra a imposição das taxas aduaneiras extra.

Os veículos elétricos importados da China pelos Estados-membros já pagavam uma taxa de 10%. Com as novas tarifas, que Bruxelas decidiu impor por considerar que os fabricantes naquele país beneficiam de ajudas estatais ilegais que distorcem a concorrência, os valores a suportar chegam a superar os 45%.

Assim, a SAIC paga agora uma taxa de 45,3%, enquanto Geely suporta uma taxa de 28,8% nos veículos da Geely e a BYD de 27%. A Tesla, que exporta veículos elétricos fabricados na China para a UE, pagará uma taxa de 7,8%.

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