A Multirent, do Grupo SAG, quer reforçar a sua actividade na área do aluguer operacional junto do segmento das PME e particulares, gerindo um parque de 12 mil viaturas em regime de ALD e aluguer operacional, explicou ao Canal de Negócios, Luís Branco de Sousa, administrador daquela empresa.

Segundo aquele responsável, o aluguer operacional tem um amplo conjunto de benefícios e comodidades para os clientes, que passam entre outros «pelos serviços prestados na área da manutenção, na cedência de viatura de substituição, e na possibilidade da renda representar uma lógica de optimização fiscal, especialmente para as PME’s».

«A amplitude de serviços relacionados com a gestão da frota automóvel, nomeadamente aconselhamento na aquisição, gestão da manutenção, gestão de sinistros, controlo de custos, cartão de combustível, são apenas exemplos do valor acrescentado que o aluguer operacional apresenta», referiu o responsável da empresa, «para além de benefícios obtidos numa melhor gestão fiscal dos custos».

Esta última situação «é ainda pouco explorada por algumas PME’s, que ainda não se aperceberam que este aluguer poderá ser levado a Custos, com o correspondente impacto fiscal» explica aquele responsável.

No segundo semestre do ano passado, esta empresa do Grupo SAG orientou essencialmente a sua actividade para a área do aluguer operacional, deixando de oferecer progressivamente o aluguer de longa duração.

Dentro de três anos, existe um objectivo de gerir um parque de cerca de 10 mil viaturas em regime de aluguer operacional, um valor que representa um acréscimo significativo face ao objectivo de gerir cerca de 4 mil viaturas em aluguer operacional este ano. A empresa conta actualmente com 100 clientes com um frota média de 20 viaturas.

Branco de Sousa explica que em Portugal, o mercado da gestão de frotas é constituído por um número já apreciável de operadores, apresentando o sector alguma turbulência e alinhamento de posições, alertando para a situação vivida, por exemplo em Inglaterra «onde os cálculos deficientes e risco assumido nos valores residuais levaram algumas empresas à falência».

A quebra de vendas de veículos de 26,5% nos primeiros quatro meses do ano não está a afectar grandemente a actividade do aluguer operacional. «Continuamos a crescer em relação ao ano anterior, mas não a um nível tão optimista como prevíamos» esclarece aquele responsável, que explica que este acréscimo de actividade no próprio sector também se fica a dever «pelo facto do aluguer operacional estar a viver um momento emergente do seu ciclo de vida».