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Marcelo “tinha uma fé” de que Autoeuropa retomasse produção mais cedo

"Eu, no fundo, no fundo, tinha uma fé de que não fossem nove semanas, o que era muito, até ao fim do ano. E assim é bastante menos de nove semanas", congratulou-se.

A fábrica de Palmela atingiu em 2022 o seu segundo melhor ano de sempre em volume de produção.
João Cortesão
16 de Setembro de 2023 às 09:16
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O Presidente da República afirmou hoje "tinha uma fé" de que a Autoeuropa retomasse a produção mais cedo do que inicialmente anunciado, até porque um responsável da empresa lhe tinha falado nessa possibilidade.

 

"Eu, no fundo, no fundo, tinha uma fé de que não fossem nove semanas, o que era muito, até ao fim do ano. E assim é bastante menos de nove semanas", congratulou-se Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na Universidade de Toronto, durante a sua visita oficial ao Canadá.

 

A administração da fábrica de automóveis Volkswagen Autoeuropa em Palmela, no distrito de Setúbal, comunicou hoje aos seus trabalhadores que irá retomar a produção no início de outubro, depois de ter garantido o fornecimento de uma peça fundamental junto de uma empresa espanhola e de outra chinesa, numa nota interna a que a agência Lusa teve acesso.

 

Interrogado sobre esta notícia, o chefe de Estado respondeu que "já esperava isso", até porque, "por mero acaso, na Festa do Livro [no Palácio de Belém], há duas semanas, estava lá um dos responsáveis da Autoeuropa a comprar livros para os filhos", com quem conversou.

 

"E ele disse-me que estavam a fazer um esforço, que ia ter sucesso com certeza, para abreviar as nove semanas que estavam pensadas, mas eu fiquei na dúvida, não fosse ser otimismo excessivo", referiu o Presidente da República.

 

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "o Governo também estava a trabalhar nisso" e que por isso, "no fundo, no fundo, tinha uma fé de que não fossem nove semanas".

 

Na nota interna dirigida aos trabalhadores, a administração da Autoeuropa informou que já encontrou outros fornecedores para a peça em falta, "fundamental na construção dos motores que equipam o T-Roc -- entre outros modelos do Grupo Volkswagen", que tinha levado ao anúncio de uma paragem na produção de 11 de setembro até 12 de novembro.

 

A fábrica "retomará a produção no início do mês de outubro" e "os trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa que se encontram em 'lay-off' serão informados o mais brevemente possível sobre a data exata do seu regresso à atividade", adiantou a administração da Autoeuropa.

 

A paragem de produção de nove semanas anunciada pela Autoeuropa deveu-se às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia que foi fortemente afetado pelas cheias naquele país no início passado mês de agosto, mas a empresa declarou desde o início que estava à procura de alternativas para retomar a produção o mais brevemente possível.

 

À saída da Universidade de Toronto, o Presidente da República voltou a ser questionado sobre as medidas a adotar pelo Governo para travar os custos com a habitação e reiterou que está certo de que "o Governo fará o que pode para encontrar uma solução" e de que irá anunciar medidas "que irão mitigar" as consequências da política do Banco Central Europeu (BCE) em matéria de taxas de juro.

 

O chefe de Estado voltou a qualificar a linha seguida pelo BCE como "uma dor de cabeça de todos os governos", incluindo o português, "e uma grande dor de cabeça dos portugueses que têm empréstimos bancários para a habitação -- que é um milhão e 200 mil, é muita gente".

 

Interrogado sobre a nova moção de censura do Chega ao Governo do PS e sobre o que espera da sessão legislativa que agora começou, Marcelo Rebelo de Sousa recusou intrometer-se na esfera da Assembleia da República e disse apenas que na sua opinião o parlamento português "tem funcionado democraticamente bem".

 

Na universidade de Toronto, o chefe de Estado teve um encontro com alunos e professores de português, durante o qual defendeu que "aprender a língua portuguesa é agora mais do que um exercício e uma curiosidade intelectual, é um investimento seguro para o desenvolvimento pessoal e profissional".

 

No fim desta sessão, foram assinados entre o Instituto Camões e a Universidade de Toronto uma Adenda de Renovação do Protocolo de Cooperação e um Protocolo de Utilização do Espaço para o Centro de Língua Portuguesa na Universidade e de Toronto.

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