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Gestores da Volkswagen com corte salarial de 10% para fazer face à crise

A fabricante automóvel alemã continua em polvorosa, mesmo depois de ter chegado a um acordo com o sindicato. Para responder à crise, também os gestores vão ver os seus salários afetados.

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Primeiro foram os anúncios de despedimentos e cortes na produção. Agora chegou a vez dos gestores: altos quadros da fabricante automóvel alemã Volkswagen vão ver os seus bónus diminuidos, o que se traduzirá numa descida salarial de cerca de 10% nos próximos dois anos.

É o que avança este domingo o jornal Sueddeutsche, citado pela Reuters, que diz que serão afetados cerca de 4.000 gestores da empresa. Os bónus de maio vão ser reduzidos, o que representa um corte salarial de 10% em 2025 e 2026, que deverá ser seguido de reduções de 8%, 6% e 5% nos três anos seguintes.

Na sexta-feira, a Volkswagen anunciou mudanças profundas para a sua operação na Alemanha. Além de ter chegado a um acordo com o sindicato IG Metall para o eventual encerramento de duas das suas dez fábricas na Alemanha, poupando cerca de quatro mil milhões de euros, divulgou que vai cortar mais de 35 mil postos de trabalho no futuro e reduzir a capacidade de produção.

Ainda assim, e ao fim de 70 horas de negociação, os líderes sindicais consideraram o saldo como um "milagre de Natal", por não incluir encerramento de fábricas e despedimentos no imediato.

A Volkswagen tem estado a braços com uma crise financeira, enfrentando uma feroz concorrência dos fabricantes chineses. Cerca de 100 mil trabalhadores estiveram envolvidos em duas greves só no último mês, as maiores na histórica da empresa alemã.


 

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