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Fiat vai deixar de produzir carros a gasóleo em 2022

A marca italo-americana vai deixar de fabricar automóveis ligeiros de passageiros com motores a gasóleo devido aos custos crescentes com esta tecnologia.

26 de Fevereiro de 2018 às 11:51
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A Fiat Chrysler prepara-se para eliminar os motores a gasóleo nos seus veículos de passageiros até 2022. A decisão deve-se ao custo crescente de produção de motores a gasóleo de forma a conseguir cumprir uma política de limitação de emissões poluentes cada vez mais restritiva.

Em consequência, os custos de produzir estes motores vão sofrer um aumento de 20%, tornando estes automóveis mais caros para os clientes. A notícia está a ser avançada pelo Financial Times.

A empresa quer somente motores a gasolina nas suas marcas Fiat, Alfa Romeo, Chrysler, Maserati, Jeep, Ram e Dodge daqui a quatro anos. Esta medida está inserida num plano de quatro anos que vai ser apresentado em Junho pela marca italo-americana.

Os motores a gasóleo na Europa estão assim sob pressão depois de ter rebentado o escândalo "dieselgate" da Volkswagen em 2015. Várias cidades europeias também já anunciaram a sua intenção de banir os carros a gasóleo no futuro, como Paris ou Copenhaga.

As vendas de carros a gasóleo na Europa desceram 8% em 2017, com uma quota de mercado de 43,8%, segundo dados da Jato Dynamics. Em Portugal, os carros a gasóleo pesaram 65,1% nas vendas totais em 2016. A percentagem máxima foi atingida em 2013 quando pesaram 72,3%. 

Apesar da retirada nos automóveis ligeiros de passageiros, a marca vai manter os motores a gasóleo nos seus veículos comerciais. As vendas de carros a gasóleo pesaram 40% nas vendas totais da Fiat Chrysler em 2017.

As vendas de carros a gasóleo são particularmente relevantes na Europa, com 17 dos 28 países da União Europeia a terem incentivos para a sua compra. Mas porquê?

"Porque estes motores são melhores em termos de emissões de dióxido de carbono. Antes estava tudo focado nas alterações climáticas e nas emissões de dióxido de carbono (CO2), e não estavam preocupados com a qualidade do ar", explicou o secretário-geral da Associação Europeia de Produtores Automóveis (ACEA), Erik Jonnaert.

"Isso levou todo o mercado a apostar no gasóleo e todos os produtores têm estado a desenvolver esta tecnologia, que é mais desenvolvida na Europa do que em todo o mundo", afirmou o responsável numa passagem em Portugal em Novembro.
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