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Dona da Mercedes prevê quebra de produção devido a escassez de chips até 2023

O CEO da Daimler revelou que espera um impacto negativo na produção de automóveis com a escassez de semicondutores em todo o mundo.

DR
06 de Setembro de 2021 às 11:59
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A forte procura por chips está a tornar difícil o acesso da indústria automóvel a estes semicondutores. A Daimler, dona da Mercedes, admitiu dificuldades para garantir a quantidade suficiente deste tipo de elemento até 2023, pelo que a produção pode sofrer uma diminuição neste período, admitiu o CEO Ola Källenius.

"Vários fornecedores de chips têm se referido a problemas estruturais com a procura", disse Källenius aos jornalistas que estavam presentes na mesa redonda antes de o Salão Automóvel IAA de Munique ter início. "Este facto pode influenciar 2022 e (a situação) pode ser mais relaxada só a partir de 2023".

A feira IAA foi o primeiro grande evento da indústria automóvel em todo o mundo desde a pandemia da covid-19. A Daimler já tinha anunciado na semana passada que espera vendas significativamente menores no terceiro trimestre na Mercedes devido à escassez global de semicondutores, tornando-se a última em uma série de fabricantes a anunciar quebras nas receitas.

Em todo o mundo, desde a norte-americana General Motors, passando pela Índia com a Mahindra, ou a japonesa Toyota, as grandes empresas do setor reduziram a produção e as previsões de vendas devido ao escasso fornecimento de chips, agravado pelo ressurgimento da covid-19 no continente asiático, que afetou várias fábricas de produção.

Källenius disse ainda que, apesar da escassez de chips, a fabricante alemã espera que a sua própria produção de semicondutores melhore no quarto trimestre.
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