Mais de 15 paísese blocos económicos, incluindo grandes mercados como a União Europeia, o Reino Unido e o Japão já iniciaram uma corrida aos veículos elétricos. O objetivo final é que até 2035 todos os novos carros vendidos sejam 100% elétricos. No entanto, o custo de fazer um seguro tem sido um dos grandes obstáculos ao aumento massivo das vendas, alertam os analistas da DBRS Morningstar numa nota a que o Negócios teve acesso.

"Os compradores já estão a ser confrontados com custos de aquisição de veículos elétricos mais elevados em comparação com os carros a combustão, e também têm de se confrontar com o elevado custo do seguro", referem. À medida que aumente a quantidade de dados disponíveis – sobre a durabilidade do automóvel, a manutenção e os custos de reparação – as seguradoras mundiais "vão ter de se adaptar à rápida velocidade de adoção [destes veículos] através de uma revisão proativa dos modelos de preço", argumentam os especialistas da DBRS.

O aumento do preço dos seguros tem sido justificado pelo próprio custo dos veículos elétricos, por serem mais caros de reparar e, igualmente, por existirem menos oficinas para o efeito. Esta questão é também relevante para as fabricantes automóveis, numa altura em que o principal foco tem sido ganhar quota de mercado, alertam os analistas da agência de "rating".

Em resposta a este cenário, alguns fabricantes automóveis têm criado as suas próprias soluções de seguros, através "de seguradoras subsidiárias ou parcerias com seguradoras de nicho".

"Esta é uma tendência que poderá ganhar força, alterando o panorama dos seguros de automóveis privados no futuro, com alguns prémios a serem transferidos para as filiais de seguros das grandes fabricantes de veículos elétricos ou para empresas de seguros automóveis de nicho que ofereçam cobertura exclusiva a fabricantes de elétricos", rematam.