Notícia
China mais do que duplica exportações de veículos elétricos até agosto
Dados são divulgados no dia em que a presidente da Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação sobre os subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos elétricos, cujos preços diz serem "artificialmente baixos".
13 de Setembro de 2023 às 11:57
As exportações de veículos elétricos pela China mais do que duplicaram (+110%), entre janeiro e agosto, segundo dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM), ilustrando a ascensão do país asiático no setor.
Os dados difundidos esta quarta-feira mostram que os fabricantes de automóveis chineses exportaram cerca de 727 mil veículos elétricos, nos primeiros oito meses do ano.
Os veículos elétricos puros registaram um aumento anual de 120%, para 665.000 unidades, enquanto as exportações de modelos híbridos aumentaram 73,5%, para 62.000.
Incluindo carros movidos a motor de combustão interna, a China exportou 2,94 milhões de veículos para o exterior, até agosto, um aumento homólogo de 61,9%, em relação ao ano anterior.
A imprensa oficial chinesa sublinhou que o crescimento das exportações de automóveis de passageiros (+69,8%) é superior ao aumento das vendas de veículos comerciais (+31,1%).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira a abertura de uma investigação sobre os subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos elétricos, cujos preços são "artificialmente baixos", devido a estes apoios públicos, o que causa prejuízos às empresas europeias.
"Os mercados mundiais estão inundados de veículos elétricos chineses mais baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", explicou Von der Leyen, num discurso sobre o Estado da União.
Também esta quarta-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, responsável pelo comércio, anunciou que se deslocará à China na próxima semana para discutir a questão dos subsídios atribuídos aos veículos elétricos.
"Estamos abertos à concorrência, mas não a práticas desleais", afirmou.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos -- mais do que em todos os outros países do mundo juntos.
A dimensão do mercado chinês e generosos apoios estatais propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o 'status quo' de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.
Em 2014, o líder chinês, Xi Jinping, afirmou que o desenvolvimento de carros elétricos era a única forma de a China se converter numa "potência do setor automóvel". O país estabeleceu então como meta que os carros elétricos deviam representar 20% do total das vendas até 2025. Esse valor foi ultrapassado no ano passado, quando um em cada quatro veículos vendidos na China era elétrico.
Cinco das dez marcas de veículos elétricos mais vendidas no mundo são agora chinesas. A maior é a BYD, que fica apenas atrás da norte-americana Tesla. O domínio chinês alarga-se também à indústria de baterias. As chinesas CATL e BYD são os maiores fabricantes mundiais. Pequim mantém ainda forte controlo no acesso a matérias-primas essenciais, incluindo terras raras.
Os dados difundidos esta quarta-feira mostram que os fabricantes de automóveis chineses exportaram cerca de 727 mil veículos elétricos, nos primeiros oito meses do ano.
Incluindo carros movidos a motor de combustão interna, a China exportou 2,94 milhões de veículos para o exterior, até agosto, um aumento homólogo de 61,9%, em relação ao ano anterior.
A imprensa oficial chinesa sublinhou que o crescimento das exportações de automóveis de passageiros (+69,8%) é superior ao aumento das vendas de veículos comerciais (+31,1%).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira a abertura de uma investigação sobre os subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos elétricos, cujos preços são "artificialmente baixos", devido a estes apoios públicos, o que causa prejuízos às empresas europeias.
"Os mercados mundiais estão inundados de veículos elétricos chineses mais baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", explicou Von der Leyen, num discurso sobre o Estado da União.
Também esta quarta-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, responsável pelo comércio, anunciou que se deslocará à China na próxima semana para discutir a questão dos subsídios atribuídos aos veículos elétricos.
"Estamos abertos à concorrência, mas não a práticas desleais", afirmou.
No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos -- mais do que em todos os outros países do mundo juntos.
A dimensão do mercado chinês e generosos apoios estatais propiciou a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng, que ameaçam agora o 'status quo' de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas.
Em 2014, o líder chinês, Xi Jinping, afirmou que o desenvolvimento de carros elétricos era a única forma de a China se converter numa "potência do setor automóvel". O país estabeleceu então como meta que os carros elétricos deviam representar 20% do total das vendas até 2025. Esse valor foi ultrapassado no ano passado, quando um em cada quatro veículos vendidos na China era elétrico.
Cinco das dez marcas de veículos elétricos mais vendidas no mundo são agora chinesas. A maior é a BYD, que fica apenas atrás da norte-americana Tesla. O domínio chinês alarga-se também à indústria de baterias. As chinesas CATL e BYD são os maiores fabricantes mundiais. Pequim mantém ainda forte controlo no acesso a matérias-primas essenciais, incluindo terras raras.