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Bolt vai financiar carros de baixas emissões na Nigéria
A Nigéria planeia cortar os subsídios à gasolina até ao segundo semestre do próximo ano, medida que pode fazer com que os preços mais do que dupliquem na bomba. Com a ajuda do governo, os preços dos combustíveis na maior economia da África estão entre os mais baixos do mundo, em cerca de 40 cêntimos de dólar por litro.
A Bolt Technology, rival da Uber Technologies em África e no Leste Europeu, assinou um acordo para permitir que os condutores nigerianos participem num plano de leasing para 10 mil veículos com eficiência energética.
Nos termos de um acordo com a Metro Africa Express, que tem a Yamaha entre os investidores, os motoristas da empresa de serviços de transporte via aplicação podem dar entradas de apenas 5% do preço do veículo, dependendo da sua classificação de crédito, e pagar o valor restante em cinco anos, segundo o comunicado divulgado esta semana.
O uso de veículos eficientes em energia – avaliados em cerca de 20 mil dólares cada – "permitirá reduções significativas das emissões de carbono", declarou Guy-Bertrand Njoya, diretor-presidente da Metro Africa Express, em entrevista. Estarão disponíveis veículos elétricos e carros movidos a gasolina, disse.
A Nigéria planeia cortar os subsídios à gasolina até ao segundo semestre do próximo ano, medida que pode fazer com que os preços mais do que dupliquem na bomba. Com a ajuda do governo, os preços dos combustíveis na maior economia da África estão entre os mais baixos do mundo, em cerca de 40 cêntimos de dólar por litro.
A Metro Africa Express, também conhecida como MAX, montou estações de recarga nas cidades de Lagos, Ibadan e Akure, todas no sul da Nigéria. Os motoristas dos veículos da empresa têm conseguido uma "economia de 15% em comparação com as alternativas existentes", disse Njoya.
A MAX captou sete milhões de dólares em 2020 junto de investidores, incluindo a Yamaha, e quer angariar fundos adicionais para atender à crescente procura.
A Bolt, com sede na Estónia, é a empresa dominante na Nigéria, com cerca de 35 mil motoristas. O acordo com a MAX poderá atrair mais 10 mil motoristas nos próximos cinco anos, segundo Femi Akin-Laguda, country manager da empresa no país.