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Autoeuropa: Trabalhadores querem salvaguardar que paragem não representa perda salarial

Comissão de Trabalhadores adianta que, para já, não há plenários marcados para discutir efeitos da paragem de produção da fábrica da Volkswagen em Palmela. Por cada dia parados são menos 950 automóveis produzidos.

A maior exportadora Volkswagen Autoeuropa é este ano a segunda maior importadora. Na indústria automóvel a componente importada nas exportações é muito elevada, chegando aos 70%. Em 2019, a Autoeuropa, na lista dos importadores, estava no terceiro lugar.
29 de Agosto de 2023 às 12:53
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A comissão de trabalhadores da Autoeuropa afirma estar apreensiva com a paragem de produção da fábrica da Volkswagen em Palmela, mas acredita que será encontrada uma solução em conjunto com a administração da empresa para evitar que os funcionários tenham qualquer tipo de perda salarial.

"Ainda não falámos sobre isso [salários], mas temos uma posição clara relativamente a essa questão. Independentemente do que se passar e do número de semanas parados, o impacto que o problema terá na produção não se pode refletir na vida dos trabalhadores e nos seus rendimentos", afirmou Rogério Nogueira em declarações à RTP.

Além dos "down days" que estão previstos no acordo laboral, num total de 22 dias, Rogério Nogueira adiantou que há "ferramentas para combater o problema", pelo que a comissão de trabalhadores irá discutir o tema com a administração da fábrica. "Vamos falar e quando houver propostas concretas iremos salvaguardar o interesse dos tabalhadores", frisou.

Segundo o líder da comissão de trabalhadores,o dossiê "será discutido internamente e será certamente encontrada uma solução", afirmou. Não foram dados mais detalhes sobre o número de "down days" já utilizados pela fábrica ou que outros instrumentos estarão em cima da mesa para evitar perdas salariais.

O representante dos trabalhadores adiantou também que ainda não existe uma data específica para o início da paragem e que é também uma incógnita o período durante o qual a produção ficará suspensa por causa das cheias na Eslovénia, que afetaram um fornecedora da fábrica.

"A única coisa que foi avançada é que [a paragem] pode ser de algumas semanas a partir da primeira quinzena de setembro, mas não temos o número de semanas, nem o dia [de início]", explicou.

Problema afeta outras fábricas na Europa
A Autoeuropa vai suspender a produção a partir da primeira quinzena de setembro e por "algumas semanas", indicou a fábrica do grupo Volkswagen em Palmela num comunicado enviado na segunda-feira aos seus colaboradores a que o Negócios teve acesso.

Em causa está a falta de peças de um fornecedor esloveno que foi "severamente afetado pelas cheias que aconteceram no início de agosto". As peças em questão "são essenciais à construção dos motores".

À RTP, Rogério Nogueira explicou que que se trata de "uma peça que faz parte do motor e que afeta várias fábricas e vários modelos". "Estamos a falar de peças muito específicas que não se conseguem fazer noutro lado de uma semana para a outra ou de um mês para o outro, indicou, sublinhando que a administração da fábrica e a casa-mãe estão à procura de soluções.

Cada dia de paragem traduz-se, segundo o representante dos trabalhadores, em "cerca de 950 carros por dia" que não são produzidos. "É algo que é significativo", destaca.
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