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Sogevinus faz provas e vendas em antigo armazém de aço de Gaia

O grupo de vinhos do Porto e do Douro detido pelo espanhol Abanca e controlado pelo milionário Juan Carlos Escotet investiu quase meio milhão de euros na reconversão de um edifício centenário numa nova área comercial e turística.

17 de Setembro de 2020 às 12:31
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Comprado originalmente pela família Cálem para guardar aço e destinado mais tarde ao envelhecimento de vinhos, um armazém detido pela Sogevinus no centro histórico de Vila Nova Gaia acaba de ser reconvertido numa loja e num "espaço de experiências" através de um investimento avaliado em 450 mil euros.

 

Foi entre tonéis e balseiros com capacidade para guardar até cerca de 40 mil litros que a dona das marcas Cálem, Kopke, Burmester e Barros – e que em junho adquiriu à empresa Lima Smith a histórica Quinta da Boavista, no Douro – montou este novo projeto de enoturismo, que ocupa um armazém centenário com 544 metros quadrados.

 

A Sogevinus Wine Shop Santa Marinha, como foi batizada, é a mais recente iniciativa na área do turismo por parte do grupo detido pelo espanhol Abanca e controlado pelo milionário Juan Carlos Escotet. A poucos metros de distância, na marginal do Douro, tem as caves da Calém e da Burmester; e do outro lado do rio, na Rua das Flores, instalou uma loja num edifício construído em 1523.

 

 

"Além de disponibilizar a vasta oferta de referências que compõem o universo da Sogevinus, a par de uma garrafeira histórica que dá a conhecer os Vintages de todas as marcas do grupo, o espaço contempla ainda um ‘wine bar’ situado no primeiro andar do armazém, de onde é possível apreciar uma perspetiva singular do icónico mosteiro da serra do Pilar", aponta a empresa liderada pelo catalão Sergio Marly, numa nota enviada às redações esta quinta-feira, 17 de setembro.

 

 

Localizado no Largo Joaquim Magalhães, junto à igreja paroquial de Santa Marinha, oferece provas combinadas, degustação de vinho a copo e de cocktails à base de vinho do Porto ou "pairing" com chocolate e queijos. Funciona de quarta-feira a domingo, das 10h às 19h, e apresenta-se como "um espaço versátil e multifacetado, podendo acolher a realização de exposições artísticas ou de eventos privados com uma lotação até 60 pessoas", atualmente reduzida a metade devido à pandemia.

Na área hoteleira, o grupo tem um projeto de investimento de 30 milhões de euros para a construção de uma unidade de cinco estrelas com 150 quartos, reabilitando as antigas instalações da Burmester, que estão devolutas há vários anos. Vai adotar a designação Hotel Kopke e ficar na Rua Serpa Pinto, em Gaia, paredes-meias com os armazéns onde envelhecem os vinhos do Porto.

Este é o segundo investimento de relevo no enoturismo a abrir portas na mesma zona da cidade no espaço de uma semana. Como o Negócios noticiou, a Fonseca comprou um armazém à Sogrape para ter caves e visitas em Gaia. Até agora limitada turisticamente a uma quinta no Douro, a marca de vinho do Porto detida pelo grupo Fladgate gastou cerca de 300 mil euros, além do valor não revelado da aquisição do imóvel.

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