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Produção de vinho do Porto vai aumentar em 2017
Os produtores e os comerciantes da Região Demarcada do Douro acordaram para a próxima vindima a sexta subida anual consecutiva do "benefício", para um total de 118 mil pipas.
O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) aprovou esta terça-feira, 18 de Julho, o tradicional comunicado de vindima para 2017 em que estabeleceu o "benefício" de 118 mil pipas (de 550 litros cada) de mosto generoso para produção de vinho do Porto, um aumento de 3.100 pipas em relação ao ano passado.
A decisão deste órgão consultivo, que tem sede no Peso da Régua, no distrito de Vila Real, e que junta os produtores e os comerciantes da região, significa que haverá nova subida da produção do mais conhecido vinho português na vindima de 2017. Algo que sucede pelo sexto ano consecutivo, já que o último anúncio de quebra, na altura para as 85 mil pipas, foi em 2011.
O "benefício" é a quantidade de mosto generoso que, somando a aguardente que é preciso adicionar, fixa a quantidade de vinho do Porto que pode ser produzida na vindima seguinte. A definição deste valor exige anualmente uma negociação entre os representantes da produção e do comércio de vinho do Porto, tendo por base um conjunto de critérios técnicos, as vendas nos últimos meses e as projecções para o resto do ano, o nível de stocks existentes e as intenções de compras até Dezembro.
O presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, destacou que o resultado desta reunião do conselho interprofissional "exprime o consenso entre a produção e o comércio, com o objectivo de melhor posicionar as Denominações de Origem Porto e Douro, em benefício de todos os actores da região e do sector, transmitindo assim uma mensagem de estabilidade".
As últimas estatísticas disponíveis, até Maio, mostram que as vendas de vinho do Porto ultrapassaram os 117 milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano, o equivalente a um crescimento de 2,6% face ao período homólogo. A França, com uma quota de quase 25%, continua a ser o melhor mercado para este produto, com os portugueses a serem os segundos maiores apreciadores e a comprarem, em valor, 17,5% do total.