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Vindima de 2023 será uma das mais produtivas das últimas duas décadas

Previsões agrícolas apontam para maior campanha de amêndoa de sempre, mas em contrapartida para uma quebra na produção castanha que deverá corresponder a dois terços da média do último quinquénio. Pera sofre descidas pelo segundo ano consecutivo, enquanto a maça cresce com Trás-os-Montes a compensar decréscimo no Oeste.

Existem produtores que iniciaram vindimas em meados de julho.
Nuno André Ferreira
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 20 de Novembro de 2023 às 12:47

A produção de vinho deve atingir 7,3 milhões de hectolitros este ano, o valor mais elevado desde 2006, de acordo com dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as previsões agrícolas, em 31 de outubro, "as perspetivas de quantidade e qualidade são boas", pelo que a vindima deste ano "será uma das mais produtivas das últimas duas décadas".

"Excetuando algumas subregiões da região dos vinhos verdes e da região da Beira Interior, preveem-se aumentos globais de produtividade em todas as regiões, o que conduzirá a uma produção próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, uma das mais elevadas das últimas duas décadas. Anteveem-se vinhos complexos e com equilíbrio entre o teor alcoólico, a acidez e os taninos", detalha o INE.

Esta campanha será também a "melhor de sempre" para a amêndoa (53 mil toneladas), traduzindo um aumento de 15% face a 2022, devido à entrada em produção cruzeiro de muitos pomares, maioritariamente instalados no Alentejo.

Em contrapartida, na castanha, as condições meteorológicas promoveram o desenvolvimento da septoriose, devendo, pelo segundo ano consecutivo, registar decréscimos significativos de produção (-33%, face à média do último quinquénio), refere o INE.

A colheita das pomóideas está concluída, com um balanço negativo na pera, pelo segundo ano consecutivo (-30%, face à média do último quinquénio), enquanto a maçã, a produção de Trás-os-Montes compensou a quebra registada no Oeste, sendo a produção global mais próxima do esperado (-3%, face à média do último
quinquénio). Já no kiwi, a precipitação promoveu a recuperação e o aumento do calibre dos frutos, prevendo-se uma produção próxima da obtida nos dois últimos anos. 

O INE dá ainda conta de que o final da campanha das culturas de primavera de regadio confirmou "produções superiores ao ano passado, com a produção do tomate para a indústria a rondar 1,68 milhões de toneladas (+32%), o milho para grão a aumentar 5% e o arroz 10%".

Já no olival para azeite, a colheita da variedade Arbequina encontra-se concluída, enquanto as variedades Galega e Cobrançosa ainda estão a ser colhidas. Devido ao adiantamento do ciclo vegetativo das oliveiras, os lagares de azeite iniciaram a laboração mais cedo do que o habitual. Embora se trate de um ano de safra, o calor verificado durante a floração e vingamento do fruto comprometeu alguma produção, prevendo-se, ainda assim, um aumento de 20% de azeitona, face a 2022, indica o INE.

Nos olivais tradicionais, ou seja, de sequeiro, esperam-se produtividades muito superiores às verificadas em 2022, mas nos olivais intensivos em plena produção perspetiva-se uma estabilização da produtividade, refere o INE, destacando que "continuam a entrar em produção muitos olivais intensivos plantados recentemente".

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