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Portugal produz menos 20% de cereais este ano devido à seca

A alimentação de animais tem estado a ser dificultada devido à situação de seca que o país vive. A falta de precipitação também afecta a produção de cereais. Já os pomares e os vinhos registam aumentos de produtividade.

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18 de Agosto de 2017 às 12:53
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Trigo, centeio, cevada, aveia: Portugal deverá produzir menos cereais este ano devido à seca que se faz sentir no país. O Instituto Nacional de Estatística (INE) dá mesmo um número: uma queda em torno de 20% em relação ao ano anterior.

 

"As previsões agrícolas, em 31 de Julho, apontam para uma diminuição generalizada na produção de cereais de Outono/Inverno (globalmente cerca de -20%, face a 2016), consequência das condições adversas (temperaturas muito elevadas e baixos teores de humidade do solo) em que decorreu grande parte do ciclo cultural", assinala o destaque publicado esta sexta-feira, 18 de Agosto.

 

Falta de precipitação e excesso de calor são os motivos centrais. "O factor decisivo para esta fraca campanha foram as condições climatéricas adversas (baixos níveis de precipitação e elevadas temperaturas) registadas ao longo do ciclo, em particular nas fases reprodutivas, com impactos negativos também na qualidade do grão".

 

O INE escreve que a "conclusão da colheita dos cereais de Outono/Inverno nas regiões a sul do Tejo vem confirmar as previsões de decréscimo da produção face ao ano anterior". Há quebras de produção de 25% no trigo duro, o relevante para a produção de esparguete, e de 15% no trigo mole, de onde se fabrica pão e o mais importante no que diz respeito às toneladas produzidas em território nacional.

 

Tal como o Negócios já tinha dado conta, a alimentação dos pecuários está também a ser afectada pelas temperaturas que se fazem sentir, este ano, em Portugal, sobretudo devido à ausência de precipitação. "Regista-se ainda um acréscimo de explorações sem capacidade de satisfazer, com os recursos próprios, as necessidades de abeberamento dos efectivos pecuários, sendo cada vez mais frequente o transporte de água a partir de reservas de água pública, a realização de novas captações de água e a instalação de sistemas de energia e de bombagem de reforço nas captações existentes, situações que acarretam um aumento dos custos e dificultam o maneio dos efectivos".

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, já admitiu que antecipa "alguma normalidade" na actividade agrícola, mas que, no lado da pecuária, este é um ano "particularmente difícil".

Nas vindimas, as notícias não são necessariamente más. A produção deverá aumentar 10% em relação à campanha do ano anterior, sendo que, contudo, há "alguma expectativa sobre os efeitos da escassez de água na qualidade dos vinhos".

 

No lado das boas notícias, o INE também destaca os pomares, onde se esperam "colheitas com frutos de boa qualidade comercial" e se antecipa um aumento de 20% na produtividade da maçã, pêra e pêssego.

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