Notícia
Polícia Federal brasileira acusou 63 suspeitos no caso da "carne adulterada"
A Polícia Federal brasileira deduziu acusação sobre 63 pessoas suspeitas de estarem implicadas no escândalo da carne adulterada que, em Março passado, impôs fortes restrições às exportações do país, informou hoje a força de segurança.
16 de Abril de 2017 às 17:00
As denúncias foram assinadas pelo comissário Mauricio Morcardi Grillo e agora a Procuradoria deverá manifestar-se sobre o assunto, no prazo de cinco dias, como adianta a agência espanhola de notícias EFE.
Os acusados respondem pelos crimes de tráfico de influências, corrupção, uso de processo proibido ou de substâncias não permitidas, falsidade, associação criminosa e peculato, entre outros, acrescentou a Polícia.
"Os crimes cometidos afectaram directamente a saúde pública por omissão de quem devia fiscalizar e pelos interesses criados por empresas que comercializam aqueles produtos alimentícios, em desacordo com as normas", acrescentou o comissário, no relatório que elaborou, citado pela agência espanhola.
A operação que ficou conhecida no Brasil como "Carne Fraca" começou a 17 de Março e atingiu várias empresas do sector, como a JBS, uma das maiores exportadoras de carne do mundo, e a BRF - Brasil Foods, e pôs sob suspeita mais 21 companhias do ramo, que tiveram de suspender temporariamente as licenças de exportação.
O escândalo surgiu depois da descoberta de produtores que subornavam fiscais sanitários para vender carne em mau estado ou adulterada com produtos químicos, "pondo em risco a saúde dos consumidores", visando apenas "aumentar os lucros dos empresários", segundo a acusação.
A Polícia Federal indicou ainda que foi possível descobrir que muitos dos funcionários utilizavam familiares para 'lavar' o dinheiro que recebiam dos empresários envolvidos no escândalo.
A operação provocou uma crise internacional, razão pela qual perto de vinte países impuseram limitações à importação de carne brasileira.
Na maioria dos casos, os embargos limitaram-se às 21 arcas frigoríficas investigadas, embora muitos dos países que proibiram a importação de carne brasileira tenham levantado as restrições. Entre os que impuseram a proibição contam-se alguns dos clientes mais importantes do Brasil, como Hong Kong, China, Chile e Egipto,
A 20 de Março, a Comissão Europeia garantiu que estava a acompanhar a investigação a fraudes envolvendo carne brasileira e que todas as empresas envolvidas no processo estavam impedidas de exportar para a União Europeia (UE).
A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Hong Kong, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.
No Brasil, em 2016, as vendas de carne de aves atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), segundo os dados oficiais.
Estimativas do Governo brasileiro admitem que o escândalo da carne adulterada poderá custar perdas, no mercado externo, na ordem dos 1.500 milhões de dólares (1.400 milhões de euros), por ano.
O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, anunciou entretanto que vai fazer uma visita, em maio, à China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Europa, "para intensificar as negociações com os importadores de carne brasileira".
Os acusados respondem pelos crimes de tráfico de influências, corrupção, uso de processo proibido ou de substâncias não permitidas, falsidade, associação criminosa e peculato, entre outros, acrescentou a Polícia.
A operação que ficou conhecida no Brasil como "Carne Fraca" começou a 17 de Março e atingiu várias empresas do sector, como a JBS, uma das maiores exportadoras de carne do mundo, e a BRF - Brasil Foods, e pôs sob suspeita mais 21 companhias do ramo, que tiveram de suspender temporariamente as licenças de exportação.
O escândalo surgiu depois da descoberta de produtores que subornavam fiscais sanitários para vender carne em mau estado ou adulterada com produtos químicos, "pondo em risco a saúde dos consumidores", visando apenas "aumentar os lucros dos empresários", segundo a acusação.
A Polícia Federal indicou ainda que foi possível descobrir que muitos dos funcionários utilizavam familiares para 'lavar' o dinheiro que recebiam dos empresários envolvidos no escândalo.
A operação provocou uma crise internacional, razão pela qual perto de vinte países impuseram limitações à importação de carne brasileira.
Na maioria dos casos, os embargos limitaram-se às 21 arcas frigoríficas investigadas, embora muitos dos países que proibiram a importação de carne brasileira tenham levantado as restrições. Entre os que impuseram a proibição contam-se alguns dos clientes mais importantes do Brasil, como Hong Kong, China, Chile e Egipto,
A 20 de Março, a Comissão Europeia garantiu que estava a acompanhar a investigação a fraudes envolvendo carne brasileira e que todas as empresas envolvidas no processo estavam impedidas de exportar para a União Europeia (UE).
A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Hong Kong, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.
No Brasil, em 2016, as vendas de carne de aves atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), segundo os dados oficiais.
Estimativas do Governo brasileiro admitem que o escândalo da carne adulterada poderá custar perdas, no mercado externo, na ordem dos 1.500 milhões de dólares (1.400 milhões de euros), por ano.
O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, anunciou entretanto que vai fazer uma visita, em maio, à China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Europa, "para intensificar as negociações com os importadores de carne brasileira".