Notícia
Peniche quer aumento das capturas de sardinha para este ano
O pedido é baseado na possível recuperação do stock' de sardinha nas águas ibéricas, tendo em conta que os últimos dados científicos apontam para um aumento de 24% da biomassa.
29 de Fevereiro de 2020 às 13:26
A Assembleia Municipal de Peniche aprovou na sexta-feira à noite uma moção a pedir o aumento da quota de capturas de sardinha para este ano, tendo em conta o aumento do 'stock' deste recurso nas águas ibéricas.
"Pretende-se que as possibilidades de pesca para 2020 sejam superiores às quotas dos últimos dois anos", refere a moção apresentada pelo Grupo de cidadãos Independentes por Peniche e aprovada por unanimidade.
O pedido é baseado na possível recuperação do stock' de sardinha nas águas ibéricas, tendo em conta que os últimos dados científicos apontam para um aumento de 24% da biomassa.
Os deputados deste concelho do distrito de Leiria, no qual existe uma comunidade piscatória, sublinham que "está em causa a continuidade das embarcações" e lembram que, além da sustentabilidade dos recursos, a gestão das capturas também tem de ter em conta a sustentabilidade social e económica dos pescadores.
A moção vai ser enviada ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro do Mar, Assembleia da República, Associação Nacional das Organizações da Pesca (ANOP)do Cerco, Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Associação Nacional de Municípios Portugueses e Associação Nacional de Municípios com Portos de Pesca.
Em dezembro, o Governo, em comunicado, anunciou não estarem "reunidas as condições" para definir as possibilidades de pesca da sardinha para 2020, sublinhando que, em conjunto com Espanha, formalizou a apreciação de uma regra de exploração que seja precaucionária.
No mesmo mês, o ICES recomendou que as possibilidades de pesca da sardinha para Portugal e Espanha devem fixar-se em 4.142 toneladas em 2020.
Na base desta recomendação estão, nomeadamente, os baixos níveis de biomassa com idade igual ou superior a um ano, além do recrutamento (classe 0 de idade) estar em mínimos de 2006.
Para a ANOP Cerco, é "inadmissível" que o parecer se baseie num pressuposto "que não tem qualquer fundamentação científica", como é o de assumir que a sardinha ibérica se encontra num regime de baixa produtividade, num ano que os organismos científicos de Portugal e Espanha reconheceram que a produtividade da espécie é "uma das maiores dos últimos 30 anos".
A pesca da sardinha está interdita desde meados de outubro.
Para 2019, os governos estabeleceram, com a Comissão Europeia, um limite de pesca de 10.799 toneladas para os dois países, das quais 7.181 correspondem a Portugal.
Tendo em conta os resultados do cruzeiro da primavera de 2019, a evolução do recurso, uma abordagem precaucionária na sua exploração e o impacto social da Política Comum de Pescas, foi decidido aumentar em 1.800 toneladas as possibilidades de pesca da sardinha na segunda parte do ano.
No total, a frota portuguesa ficou autorizada a capturar até nove mil toneladas de sardinha.
"Pretende-se que as possibilidades de pesca para 2020 sejam superiores às quotas dos últimos dois anos", refere a moção apresentada pelo Grupo de cidadãos Independentes por Peniche e aprovada por unanimidade.
Os deputados deste concelho do distrito de Leiria, no qual existe uma comunidade piscatória, sublinham que "está em causa a continuidade das embarcações" e lembram que, além da sustentabilidade dos recursos, a gestão das capturas também tem de ter em conta a sustentabilidade social e económica dos pescadores.
A moção vai ser enviada ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro do Mar, Assembleia da República, Associação Nacional das Organizações da Pesca (ANOP)do Cerco, Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Associação Nacional de Municípios Portugueses e Associação Nacional de Municípios com Portos de Pesca.
Em dezembro, o Governo, em comunicado, anunciou não estarem "reunidas as condições" para definir as possibilidades de pesca da sardinha para 2020, sublinhando que, em conjunto com Espanha, formalizou a apreciação de uma regra de exploração que seja precaucionária.
No mesmo mês, o ICES recomendou que as possibilidades de pesca da sardinha para Portugal e Espanha devem fixar-se em 4.142 toneladas em 2020.
Na base desta recomendação estão, nomeadamente, os baixos níveis de biomassa com idade igual ou superior a um ano, além do recrutamento (classe 0 de idade) estar em mínimos de 2006.
Para a ANOP Cerco, é "inadmissível" que o parecer se baseie num pressuposto "que não tem qualquer fundamentação científica", como é o de assumir que a sardinha ibérica se encontra num regime de baixa produtividade, num ano que os organismos científicos de Portugal e Espanha reconheceram que a produtividade da espécie é "uma das maiores dos últimos 30 anos".
A pesca da sardinha está interdita desde meados de outubro.
Para 2019, os governos estabeleceram, com a Comissão Europeia, um limite de pesca de 10.799 toneladas para os dois países, das quais 7.181 correspondem a Portugal.
Tendo em conta os resultados do cruzeiro da primavera de 2019, a evolução do recurso, uma abordagem precaucionária na sua exploração e o impacto social da Política Comum de Pescas, foi decidido aumentar em 1.800 toneladas as possibilidades de pesca da sardinha na segunda parte do ano.
No total, a frota portuguesa ficou autorizada a capturar até nove mil toneladas de sardinha.