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Dois terços dos cidadãos chumbam o Governo no preço dos alimentos

Estudo da Católica para a Confederação dos Agricultores conclui que 40% dos portugueses culpam os supermercados pela subida dos preços. Apenas 5% sabem o nome da ministra da Agricultura e Alimentação.

Paulo Novais / Lusa
03 de Junho de 2023 às 11:42
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Dois terços dos portugueses chumbam o trabalho do Governo na agricultura e nos preços dos alimentos e 40% culpam a grande distribuição pelo aumento do custo da alimentação.

A conclusão é de um inquérito realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a Confederação dos Agricultores de Portugal. O trabalho mostra também que metade dos cidadãos não sabe quem é a ministra da Agricultura e da Alimentação.

Segundo o estudo "A opinião dos portugueses sobre a agricultura nacional" apresentado neste sábado em Santarém, 28% dos portugueses consideram que o trabalho que tem sido feito pelo Governo na agricultura, alimentação e preços dos alimentos é "muito mau", e quatro em cada dez entende que o desempenho é "mau". 28% atribuem uma classificação de "razoável", e apenas 5% consideram que a ação do Governo é "boa" ou "muito boa".

Já quando a questão se restringe ao trabalho específico do ministério da Agricultura e Alimentação, a avaliação é menos negativa: 31% entendem que é "mau" ou "muito mau" e 41 em cada centena atribui-lhe uma nota "razoável".

Metade dos inquiridos não sabem quem é a ministra

O inquérito mostra também que Maria do Céu Antunes é desconhecida de grande parte da população: 51% das pessoas confessam não saber quem tutela a pasta. Os restantes 49% garantem que sabem, mas quando desafiados a dizer o nome da governante, apenas 5% são capazes de fazê-lo.

Quando questionados sobre qual o principal fator responsável pela subida dos preços dos alimentos, 40% apontam o dedo à grande distribuição, 34% ao aumento dos custos de produção (como a energia, combustíveis adubos e equipamentos) provocado pela guerra na Ucrânia. O trabalho de campo, que obteve 991 inquéritos válidos, foi realizado entre 10 e 19 de abril, semanas depois do anúncio do IVA zero num conjunto selecionado de produtos alimentícios. No entanto, a medida apenas entrou em vigor no dia 18 desse mês.

O estudo mostra também que 83% dos portugueses ouviu falar das reivindicações dos agricultores, e 89% consideram que essas exigências são justas. Quando a questão é sobre a eficácia dos apoios do Estado à produção, 62% entendem eles não se traduzem em produtos mais baratos.

Dois terços dos cidadãos têm ideia que houve progressos na agricultura nacional, sobretudo devido à evolução tecnológica (31%). Mas 51% dizem que o ministério da Agricultura é o principal entrave à evolução do sector. n
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