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Agricultura pede apoios por causa do mau tempo. "Não foi apenas uma trovoada"

Presidente da Confederação dos Agricultores (CAP) descreve estragos pontuais “um pouco por todo país” e situações especialmente graves no distrito de Portalegre e no Ribatejo. Eduardo Oliveira e Sousa pede apoios financiados por verbas europeias ou nacionais.

Luís Manuel Neves
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O mau tempo comprometeu culturas já instaladas em terrenos cultivados há pouco tempo, de cereais ou para alimentação animal; terrenos que tinham acabado de ser colhidos e que "de repente ficaram absolutamente rasgados", não podendo ser cultivados no próximo ano antes de uma reparação. Causou também estragos em infraestruturas públicas ou privadas de rega, canais de abastecimento de água, barragens e pontes.

A descrição é do presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, que à entrada de uma reunião de Concertação Social disse aos jornalistas que o setor conta com apoios cujo financiamento "está por definir", mas que podem passar por ajudas a nível europeu ou nacional - estas últimas em situações mais concretas, mas com grande impacto local.

Que tipo de apoios? "Não sabemos ainda, mas os apoios resumem-se sempre de forma simples: há apoios financeiros para a restituição do capital produtivo: ajuda a determinados investimentos, a reposição, a compra de novos materiais, reposição de estragos devidamente identificados e que não sejam alvo de recuperações simples", descreve Oliveira e Sousa.

"Quando há uma calamidade – isto de alguma maneira é uma calamidade, felizmente sem perdas de vidas humanas – é provável que seja necessário pensar nalgum tipo de ajuda principalmente para a reposição do capital produtivo que foi muito afetado", disse.

"Não foi apenas uma trovoada ou carga de água, foi mesmo uma situação de grande inundação e de grande queda pluviométrica fora do normal", sublinhou.

O presidente da CAP afirma que o mau tempo causou estragos pontuais "um pouco por todo o país", mas num balanço ainda preliminar identificou situações "graves" no distrito de Portalegre e na região do Ribatejo.

Sobre o mesmo assunto, Francisco Calheiros, da Confederação do Turismo (CTP) sustentou que é cedo para um balanço mas que empresas com atendimento ao público - como 'rent-a-car', agências de viagens - também foram afetadas.

 

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