Notícia
Segurança Social compra edifício à CGD por 50 milhões
O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social comprou a antiga sede do Banco Nacional Ultramarino ao Fundo de Pensões da CGD por 50 milhões de euros. Serviços e atendimento vão concentrar-se neste edifício, avança o Público.
Em Maio, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) comprou o edifício onde esteve instalada a sede do antigo Banco Nacional Ultramarino (fundiu-se com a CGD em 2000), localizado na Avenida de Berna, em Lisboa, por 50 milhões de euros ao Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos (CGD), avança na edição desta quarta-feira, 14 de Junho, o jornal Público.
Esta aquisição vai permitir à Segurança Social de Lisboa concentrar todos os serviços e atendimento ao público num só edifício, a partir do primeiro semestre do próximo ano. O diário salienta que neste prédio vai ser criada "uma espécie de loja da Segurança Social" onde vão estar assim concentrados todos os serviços "tais como o Centro Distrital de Segurança Social de Lisboa, juntas médicas, os serviços centrais do ISS e o Centro Nacional de Pensões".
Na antiga sede do Banco Nacional Ultramarino vão passar a trabalhar 1.500 pessoas, que actualmente estão em 13 edifícios da Segurança Social espalhados pela capital. A secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, em declarações ao jornal, indica que 12 desses 13 prédios pertencem à Segurança Social e vão ficar desocupados. Só o edifício localizado na zona lisboeta do Areeiro é que é arrendado, tendo uma renda anual de cerca de 400 mil euros. A Segurança Social vai assim poupar esta soma, mas está não é a fatia maior de poupanças. A poupança gerada pela decisão de concentrar todos os serviços num prédio ronda os 1,5 milhões de euros por ano. A fatia maior prende-se com "reduções em comunicações, serviços de limpeza, segurança, condomínios e manutenção".
O Público escreve ainda que "nas contas do ministério entra ainda uma potencial receita para o FEFSS com o arrendamento ou alienação dos imóveis que ficam livres, avaliados pelos mesmos 50 milhões de euros". Os 12 prédios onde, para já, funcionam os serviços e o atendimento ao público estão localizados em áreas centrais de Lisboa e, nesse sentido, Cláudia Joaquim considera que será possível "rentabilizar os edifícios com rendas ou aliená-los".
A secretária de Estado defende, em declarações ao diário, que com esta concentração vai haver um "reforço do atendimento" isto porque vai passar a haver uma "maior racionalização dos próprios recursos, criando-se sinergias" que agora não são possíveis porque "há funções e departamentos espalhados pela cidade".