Notícia
Gastos do Estado com subsídio de desemprego sobem 23,6% até Novembro
Segurança Social registou um excedente de 115,2 milhões de euros nos primeiros 11 meses do ano, apesar das contribuições e quotizações terem descido 4,8%.
O subsector da Segurança Social registou um excedente de 115,2 milhões de euros nos primeiros onze meses do ano, o que representa uma diminuição de 847,9 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.
“Este resultado deriva fundamentalmente da redução das receitas de contribuições e do aumento das despesas com o pagamento de pensões e prestações de desemprego”, refere a Direcção Geral do Orçamento, na síntese de execução orçamental hoje publicada.
A receita corrente da Segurança Social baixou 0,4% até Novembro, para 21,23 mil milhões de euros, devido sobretudo à queda nas receitas com contribuições e quotizações. Estas baixaram 4,8% para 11,71 mil milhões de euros.
No lado das despesas, as prestações sociais subiram 3% para 18,68 mil milhões de euros, já que o Estado gastou mais a pagar pensões e subsídios de desemprego. As despesas com pensões subiram 1,5% para 12,5 mil milhões de euros, enquanto os gastos com subsídio de desemprego e apoio ao emprego avançaram 23,6% para 2,36 mil milhões de euros.
O aumento das despesas com prestações sociais e a descida das receitas da Segurança Social reflecte a recessão da economia portuguesa e sobretudo o aumento do desemprego.
A contribuir para o agravamento das despesas da Segurança Social esteve ainda o pagamento das pensões aos reformados do sector bancário (479,5 milhões de euros), já que o fundo de pensões da banca foi integrado na Segurança Social no final do ano passado.