Na sequência da divulgação do relatório principal do Livro Verde para a sustentabilidade da Segurança Social, o Governo diz que "todos os contributos são valiosos" mas pede em especial ideias "para a diversificação do financiamento, para regimes complementares e de capitalização". 

Em resposta a um deputado da Iniciativa Liberal, durante o debate sobre o orçamento da Segurança Social, a ministra do Trabalho concordou que as questão relativa à sustentabildade da Segurança Social "é um elefante no meio da sala".

"Evidentemente que vamos ter de enfrentar o problema da Segurança Social", disse a ministra, referindo que o Livro Verde pedido pelo anterior Governo já foi publicado, e mostrando-se preocupada com os dados que como referiu o deputado apontam para uma taxa de substituição em 2055 de 43%.

"O Governo está preocupado com os dados que decorrem desse Livro Verde porque imagine os jovens que estão a contribuir também leram que em 2055, ou seja quando iriam beneficiar já não vão beneficiar" das atuais taxas de substituição.

"Esta matéria está a ser debatida na concertação social e todos os contributos são valiosos para encontrarmos novos caminhos nomeadamente para a diversificação do financiamento da Segurança Social, para regimes complementares e de capitalização também", afirmou.

O Programa do Governo indicava que esta legislatura será essencialmente para estudar alterações de fundo, mas também referia o estudo de novas fontes de financiamento, a promoção de esquemas complementares de reforma e a "preparação" da Segurança Social pública para gerir fundos de capitalização de adesão voluntária, em competição com o setor privado e mutualista".