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Dinheiro para subsídios de desemprego só chega até Novembro
O orçamento da Segurança Social para pagar os subsídios de desemprego só chega para satisfazer as necessidades até Novembro. O Governo já gastou 732,9 milhões de euros neste item, nos primeiros três meses do ano, correspondente a 27,2% do dinheiro disponível.
Segundo o "Diário de Notícias", o ritmo mensal é de pagamentos de 244,3 milhões de euros, o que multiplicando por doze faria com que o executivo necessitasse de 2931,6 milhões de euros, mas o orçamento só tem 2691,2 milhões de euros. Um buraco de pelo menos 240,4 milhões de euros, mesmo sem contar, segundo aquele jornal, com o previsível aumento do desemprego até ao fim do ano.
“É necessário alterar o orçamento”, afirma o economista Luís Bento, especializado em questões ligadas ao Trabalho, que calcula que sejam necessários mais de três mil milhões de euros para que o Estado satisfaça as suas obrigações nesta área. “Provavelmente, o governo vai também alterar novamente os regimes de concessão do subsídio de desemprego, e restringi-los ainda mais”, avança.
A situação, segundo o DN, é urgente porque os 2691,2 milhões de euros para o subsídio foram calculados com base numa taxa de desemprego de 16,4%, valor esse que em Fevereiro estava já nos 17,5%. No mês seguinte, o Governo fez uma nova previsão que apontava para uma taxa de 18,2%.
No final de Março, a Segurança Social pagava subsídio a 416.711 desempregados, mais 15,9% que um ano antes. Mais 57 mil pessoas estão a usufruir desta compensação social. O valor médio do subsídio de desemprego caiu para 491,25 euros, menos 1,86%.