Notícia
Apoio à retoma passa a exigir três meses sem despedimentos
De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, este apoio terminará quando acabarem as restrições à pandemia. O prazo atual para as empresas não poderem despedir é de 60 dias.
As empresas que recorrerem ao apoio à retoma progressiva vão ficar impedidas de fazer despedimentos durante 90 dias, em vez dos atuais 60 dias.
A mudança está prevista no comunicado do Conselho de Ministros, que explica que foi aprovado um novo diploma sobre o assunto.
Em causa está um decreto-lei que "prolonga o apoio à retoma progressiva, enquanto existirem restrições associadas à pandemia".
"Assim, as empresas que enfrentem quebras de faturação iguais ou superiores a 25% poderão continuar a aceder a este instrumento até à normalização da situação pandémica no nosso país", lê-se no mesmo documento.
As associações patronais tinham pedido que o Governo estendesse o apoio até ao final do ano. Contudo, o apoio à retoma já tinha sido estendido até setembro e o Governo diz esperar que as restrições, que vão depender do ritmo da vacinação, sejam totalmente levantadas em outubro.
No comunicado, o Governo explica ainda que "as empresas que enfrentem quebras de faturação iguais ou superiores a 75% poderão continuar a reduzir o período normal de trabalho (PNT) até 100%".
"Essa redução de 100% está disponível para a totalidade dos trabalhadores caso as empresas se enquadrem nos setores da bares, discotecas, parques recreativos e fornecimento ou montagem de eventos", acrescenta.
Para as empresas dos restantes setores de atividade, a redução de 100% do PNT continua a estar limitada a 75% dos trabalhadores. E estas empresas "devem manter os estabelecimentos abertos", sublinha o Executivo socialista.
Adicionalmente, e como já referido, "as empresas que acederem a este instrumento passam a estar impedidas de proceder a despedimentos no prazo de 90 dias após a cessação do apoio (atualmente, essa proibição vigora durante 60 dias)".