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Portugal pede profissionais de saúde, vagas e equipamentos a países europeus
A notícia é avançada pelo jornal Expresso, que diz que os que pedidos foram dirigidos a dois países. Faltam enfermeiros, médicos intensivistas e equipamentos e equaciona-se a transferência de doentes em enfermaria em grande número
Portugal já está a pedir ajuda a dois países europeus, solicitando enfermeiros, médicos intensivistas, equipamentos como seringas e ventiladores não invasivos e vagas hospitalares para transferir doentes para fora do país.
De acordo com o jornal Expresso, que avança a informação, os pedidos de apoio internacional tiveram início no domingo e os dois países só deverão ser identificados quando tudo estiver fechado.
Explica o jornal que a hospitalização internacional está a ser equacionada para doentes críticos, em cuidados intensivos, mas também para internamentos em enfermaria, o que pode envolver um grande número de doentes.
Já o Público explica que a Comissão Europeia criou uma linha de financiamento de 220 milhões de euros para transporte de doentes. Há também apoios para transporte de profissionais de saúde, equipamento médico e material de proteção.
Na segunda-feira à noite a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que o Governo "está a accionar todos os mecanismos de que dispõe, designadamente no quadro internacional, para garantir que presta a melhor assistência aos doentes".
"Estamos num extremo de uma península e, portanto, com maiores constrangimentos geográficos, mas de qualquer forma, há mecanismos e há formas de obter auxílio e de enquadrar formas de colaboração e, naturalmente, que as estamos a equacionar", afirmou a ministra, citada pela agência Lusa.
Uma das principais preocupações parece ser a falta de profissionais de saúde. De acordo com o jornal Expresso em Portugal o setor privado tem camas por ocupar por não ter os profissionais necessários.
Na entrevista à RTP, na segunda-feira, a ministra da Saúde disse que havia nesse dia 5.600 pessoas internadas por covid-19 no Serviço Nacional de Saúde e 760 em unidades de cuidados intensivos, uma situação "inimaginável" mesmo nos planos de catástrofe dos hospitais públicos.
O Presidente da República afirmou esta terça-feira que nesta altura não se justifica pedir ajuda internacional para tratar os doentes com covid-19 em Portugal. "Dos dados que conheço, não há, neste instante, razão que determine uma ideia de alarme social quanto à necessidade de recurso a ajuda internacional", disse Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Hospital das Forças Armadas.