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OMS diz que vírus zika deixou de ser "emergência de saúde pública"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta sexta-feira que o vírus zika, associado a graves anomalias cerebrais em recém-nascidos, deixou de ser uma "emergência de saúde pública" a nível mundial.

Reuters
18 de Novembro de 2016 às 21:04
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"O vírus zika continua a ser um problema extremamente importante a longo prazo (...), mas já não é uma emergência de saúde pública de alcance mundial", declarou o presidente do comité de urgência da OMS sobre o zika, durante uma conferência de imprensa virtual.

 

A declaração de emergência sobre o vírus estava em vigor há nove meses e a organização vai agora apontar para uma abordagem a longo prazo no combate ao zika. Só no Brasil, foram registadas mais de 2.100 malformações do sistema nervoso.

 

O zika é disseminado principalmente por picada de mosquito, mas o contágio também pode ocorrer através de relações sexuais. Para a maioria dos infectados, os sintomas são febre, urticárias e dores nas articulações.

 

A decisão de retirar o estatuto de emergência, decretado a 1 de Fevereiro, foi tomada durante a quinta reunião do Comité de Urgência, realizada em Bruxelas.

 

"Como a pesquisa demonstrou um vínculo entre o vírus e a microcefalia, o Comité de Urgência considerou que um mecanismo técnico sólido de longo prazo será necessário para organizar uma resposta global", indicou, em comunicado, a OMS.

 

O Comité de Urgência considerou que o vírus sika e as suas consequências são um desafio persistente e importante para a saúde pública, que exige uma intensa acção, mas já não é uma "emergência de saúde pública" como definida pelos regulamentos internacionais, explicou a OMS.

 

Desde 2015, 73 países foram afectados pelo vírus zika, a maior parte dos quais na América Latina e Caraíbas, e cerca de 23 países anunciaram ter constatado casos de microcefalia ligados ao vírus.

 

"A infecção com zika e as consequências a ele associadas vai continuar a ser acompanhada pela OMS, governos e outros parceiros da mesma forma que outras ameaças e doenças infecciosas", refere, em comunicado, a organização.

 

Segundo a OMS, muitos aspectos da doença e consequências a ela associadas continuam a ser estudados.

 

Duas vacinas contra o zika estão actualmente a ser avaliadas, refere a OMS, sublinhando que e os resultados da primeira fase de ensaios clínicos já estão a ser examinados.

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