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Número de mortes em Portugal dispara 10,3% com pandemia

Mais 11.565 pessoas morreram em Portugal em 2020 do que em 2019, conclui o INE. Crescimento de óbitos em ano de pandemia é o mais alto dos últimos cinco anos. Saldo natural negativo (mais pessoas morreram do que as que nasceram) foi compensado pelo aumento do número de residentes em Portugal. Mas mesmo o aumento de residentes em Portugal abrandou com a pandemia.

Reuters
16 de Novembro de 2021 às 12:38
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Um total de 123.358 pessoas morreram em Portugal em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19, mais 10,3% do que em 2019, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 11 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Num ano, morreram mais 11.565 pessoas. 

Segundo os dados do INE, esta é a taxa de crescimento do número de óbitos mais alta pelo menos desde 2015. Em 2020, morreram mais homens do que mulheres (50,3% contra 49,7%). A taxa bruta de mortalidade foi de 12‰ (por mil), superior ao valor de 2019 (10,9‰).

Da totalidade dos óbitos de pessoas residentes em Portugal, 43,1% (42,2% em 2019) ocorreram em idades iguais ou superiores a 85 anos. Nas mulheres, mais de metade (53,9%) dos óbitos ocorreram aos 85 ou mais anos (53,1% em 2019), enquanto a maioria dos óbitos dos homens se registou em idades inferiores aos 85 anos (67,9% em 2020), descreve o INE. 

Por outro lado, em 2020 registou-se em Portugal o nascimento de 84.426 nados-vivos, filhos de mães residentes em território nacional, representando um decréscimo de 2,5% em relação a 2019. Esta redução contribuiu para a descida da taxa bruta de natalidade, que passou de 8,4‰ em 2019, para 8,2 nados-vivos por mil habitantes em 2020.

Em suma, "o ano de pandemia agravou o saldo natural", afirma o INE, dado o aumento dos óbitos e a diminuição de nascimentos. O saldo natural foi de -38.931 o (-25.214 em 2019).

Aumento da imigração compensa saldo negativo
No entanto, a população residente em Portugal aumentou pelo segundo ano consecutivo, e apesar da pandemia, compensando esse aumento dos óbitos superior ao dos nascimentos, sublinha o INE. Assim, a taxa de crescimento da população efetivo em Portugal foi de 0,02%. "O acréscimo populacional registado em 2020 (mais 2.343 pessoas do que em 2019) resultou do saldo migratório positivo de 41.274. Ainda assim, a pandemia fez com que o acréscimo populacional tenha sido interior ao de 2019. Nesse ano, mais 44.506 pessoas passaram a residir em Portugal.

Em 2020 registou-se, assim, uma taxa de crescimento migratório positiva de 0,40% e uma taxa de crescimento natural negativa de 0,38%, afirma o INE. 

(Correção do número de nados-vivos. Onde se lia 86.426 nados-vivos passou a ler-se 84.426 nados-vivos)

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