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Número de médicos sobe, mas baixa o peso dos que trabalham num hospital

O número de médicos tem vindo sempre a subir, chegando 5,6 médicos por mil habitantes no primeiro ano da pandemia (2020). Contudo, a proporção dos que trabalham num hospital tem vindo a baixar consecutivamente.

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O número de profissionais inscritos na Ordem dos Médicos tem vindo a subir, chegando 5,6 médicos por mil habitantes no primeiro ano da pandemia (2020). Contudo, a proporção dos que trabalham num hospital tem descido progressivamente ao longo dos anos.

Numa análise hoje divulgada, o Instituto Nacional de Estatística (INE) explica que em 2020 estavam inscritos na Ordem dos Médicos 57.198 profissionais, ou seja, 5,6 médicos por mil habitantes, o que representa o número mais alto da série que começa em 1999 – o rácio que tem vindo sempre a subir era na altura de 3,1%.


 

"Apesar do aumento generalizado, o Alentejo e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira continuavam em 2020 a registar números inferiores à média nacional, respetivamente 3,2, 3,7 e 4,7 médicos por 1 000 habitantes", nota o INE.

O destaque, que também quantifica a forte quebra de atividade dos hospitais no primeiro ano de pandemia, explica que o aumento tem sido mais acentuado em Portugal do que na União Europeia, com taxas médias de crescimento anual de 3,5% entre 2014 e 2019 em Portugal, embora o INE não compare os resultados finais.

Do total de médicos inscritos na Ordem em 2020, "mais de 60% eram especialistas (34 836), ou seja, estavam habilitados a exercer pelo menos uma especialidade em Medicina. Em 2020, a Medicina Geral e Familiar, a Pediatria, a Medicina Interna e a Anestesiologia continuavam a ser as especialidades detidas por um maior número de médicos especialistas."

Olhando para especialidades destacadas no contexto da pandemia, "existiam 209 especialistas em Doenças Infeciosas (mais do dobro dos existentes em 2000 e mais 1/3 em relação a 2014), 667 médicos especialistas em Pneumologia (mais de 40% em relação a 2000 e 14,6% em relação a 2014) e 562 especialistas em Saúde Pública (com um aumento superior a 1/3 em relação a 2000 e de 16,1% em relação a 2014)."

Contudo, explica também o INE, "a proporção de médicos a trabalhar nos hospitais tem vindo a diminuir nos últimos vinte anos". Assim, se em 2000 a percentagem era de 58,2%, em 2020 baixou para 46%.



No caso dos enfermeiros a tendência de subida é idêntica e a proporção dos que trabalham num hospital, que estava a descer, recuperou nos últimos anos.

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