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Ministro questiona o que ministra dá como garantido
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, andou a sondar a opinião dos sindicatos e associações de polícias (PSP e GNR) em relação à alteração do carácter obrigatório dos seus subsistemas de saúde (SAD). Esta abertura à negociação contrasta com o tom assertivo já assumido pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Depois de Miguel Macedo ter reunido com os representantes da PSP e da GNR no início desta semana, a ministra que carrega a pasta das Finanças voltou a frisar, esta quarta-feira no Parlamento, a intenção do Governo de tornar opcional a inscrição nos subsistemas públicos de saúde dos polícias (SAD) e militares (ADM).
Esta mesma notícia já tinha sido avançada há duas semanas na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros onde foi aprovado o diploma que determina o aumento dos descontos dos beneficiários dos subsistemas de saúde (ADSE, SAD e ADM) de 2,5% para 3,5%.
Nessa altura, também o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, disse que os beneficiários poderiam sair do subsistema se quisessem, tal como já é possível na ADSE, embora com pouca adesão.
Mas o que os sindicatos da PSP e da GNR disseram ao Negócios foi que, na reunião que tiveram no Ministério da Administração Interna, o ministro Miguel Macedo não deu nada como fechado e quis saber qual a opinião dos profissionais.
Aí a resposta foi a uma só voz: a SAD deve continuar obrigatória porque "se for facultativa muitos desistem e aí acaba mesmo", explicou Virgílio Ministro, da Associação Nacional de Guardas.
As alterações aos subsistemas deverão entrar em vigor já em Março.