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Governo não mudou de opinião em relação à "dedicação plena" dos profissionais de saúde ao SNS

Marta Temido garantiu esta tarde, no Parlamento, que o Executivo não abandonou a ideia de obrigar os profissionais de saúde a trabalharem exclusivamente para o setor público. A proposta não foi incluída no OE2021.

05 de Novembro de 2020 às 17:56
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A ideia de impedir que os profissionais de saúde do setor público possam trabalhar simultaneamente para o privado tem sido uma das bandeiras do Governo de António Costa e Marta Temido. No entanto, a proposta do Orçamento do Estado para 2021 não faz qualquer referência à mesma.

"Não pareceu a este Governo que este ano fosse o momento mais oportuno para estar a discutir estes aspetos", explicou Marta Temido, esta tarde, na Assembleia da República, enquanto respondia a perguntas dos deputados sobre o Orçamento do Estado 2021.

A governante revela que o Executivo não planeia esquecer a ideia, mas que este é um ano em que é necessária "união", dada a pandemia da covid-19. "Foram feitas 37 reuniões sobre a carreira médica entre dezembro de 2015 e a data da última aprovação da carreira médica. São reuniões de desgaste e de algum atrito", acrescentou Marta Temido, deixando no ar a promessa de que o Governo irá prosseguir, no futuro, a batalha pela "dedicação plena" dos profissionais de saúde ao setor público. 

Recorde-se que este mesmo Governo já aludiu à possibilidade de os estudantes de medicina terem de cumprir alguns anos de serviço no setor público, antes de serem livres de optar por outras vias profissionais.
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