A inteligência artificial pode detetar o cancro da mama com mais precisão do que os médicos, de acordo com um estudo do Google Health.

A leitura da mamografia pela tecnologia reduziu os falsos positivos, onde pacientes saudáveis são diagnosticados erradamente com a doença, e os falsos negativos, quando o cancro não é detetado, disse o Google, controlado pela Alphabet, num post publicado no blog da empresa na quarta-feira. O sistema reduziu os falsos positivos em 5,7% nos Estados Unidos, segundo dados de mais de 28 mil mamografias realizadas no país e no Reino Unido.

A inteligência artificial é particularmente eficaz na leitura de radiografias, geralmente com melhores resultados do que os obtidos por especialistas. No ano passado, uma pesquisa publicada pelo Google mostrou como a tecnologia poderia ser usada para determinar se cancro da mama poderia expandir-se para outras partes do corpo, o que ajuda patologistas a fazerem diagnósticos mais precisos.

O Google também está a treinar inteligência artificial para ajudar a determinar a probabilidade de um paciente sobreviver ou morrer, com a mineração de milhares de pontos de dados para ajudar a fazer previsões sobre os resultados.

Ainda assim, a empresa descobriu que precisa agir com cuidado ao usar dados dos pacientes. Em 2017, reguladores britânicos disseram que a unidade de inteligência artificial da Alphabet, a DeepMind, violou a lei de proteção de dados do Reino Unido quando testou uma aplicação que analisava registos médicos públicos sem informar os pacientes como as suas informações seriam utilizadas.

As descobertas iniciais para o estudo sobre o cancro da mama foram publicadas na revista Nature. A pesquisa foi realizada em parceria com a DeepMind, bem como com o Centro Imperial de Pesquisa sobre o Cancro do Reino Unido, com a Universidade do Noroeste e com o Royal Surrey County Hospital, informou a empresa no blog.