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Directora-geral da Saúde alerta para gripe mas diz que país está preparado

Os casos de gripe estão a aumentar e as próximas semanas deverão ser "mais críticas", alertou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, assegurando que o país está preparado para a epidemia.

Paulo Calado
02 de Janeiro de 2018 às 20:02
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Em declarações à Agência Lusa a directora-geral admitiu que possa haver nas próximas semanas "dias críticos", mas acrescentou que os serviços estão preparados. 

 

No dia em que iniciou formalmente funções como directora-geral, cargo que já desempenhava com estatuto interino, Graça Freitas falou à Lusa a propósito do surto de gripe no país afirmando que nos próximos dias há dois factores que podem aumentar o número de casos, o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissor da doença, e a descida das temperaturas.

 

"O vírus dá-se bem com temperaturas baixas" e é por si só factor de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em Janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.

 

Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas. "Portugal tem vindo a convergir para altos níveis de vacinação", acentuou a directora-geral da Saúde, acrescentando que na União Europeia é dos países com mais pessoas vacinadas contra a gripe, a par do Reino Unido, Irlanda e Holanda.

 

Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.

 

Segundo a responsável, para o vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, "já não sendo tão boa para o tipo B". Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afectadas pela gripe de forma menos grave.

 

A nova directora-geral da Saúde, que já era subdirectora-geral desde 2005, assumiu interinamente o cargo após a saída de Francisco George em Outubro de 2017. Num despacho publicado em Diário da República na sexta-feira Graça Freitas foi designada pelo ministro da Saúde como directora-geral por um período de cinco anos, renovável por igual período.

 

Maria da Graça Gregório de Freitas é licenciada em medicina e tem a especialidade em saúde pública. Começou a exercer medicina faz hoje precisamente 37 anos, como recordou à Lusa.

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