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CUF melhora EBITDA em 16% com mais consultas, cirurgias e serviços de urgência

O grupo de saúde registou um aumento da atividade assistencial no primeiro semestre do ano, que lhe permitiu superar os resultados financeiros do período pré-pandemia.

Salvador de Mello, presidente do Conselho de Administração da CUF Vítor Mota
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A CUF alcançou no primeiro semestre um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 53,8 milhões de euros, que corresponde a um aumento de 16,3% face aos 46,3 milhões do mesmo período de 2019.

A CUF preferiu destacar a evolução face ao período pré-covid, tendo em conta que "os resultados do primeiro semestre de 2021 foram ainda bastante impactados pelo agravamento significativo da pandemia nos primeiros meses do ano". A empresa tinha registado um EBITDA de 43,4 milhões de euros entre janeiro e junho do ano passado, menos cerca de 10 milhões do que este ano. 

"Depois de dois anos marcados pela pandemia Covid-19, em particular no setor da saúde, a CUF regista, no primeiro semestre de 2022, uma evolução positiva da atividade assistencial, refletindo o aumento da capacidade instalada da rede, bem como o empenho e dedicação das equipas na resposta às necessidades de saúde da população", afirma a empresa no comunicado enviado à CMVM.

Face ao mesmo período de 2019, a CUF teve um aumento da atividade assistencial ao nível das consultas (+16,4%), das cirurgias (+11,4%) e dos serviços de urgência (+4,6%).

Ainda assim, "pese embora a evolução positiva dos rendimentos operacionais e a aceleração da digitalização e automatização de procedimentos administrativos, bem como o esforço significativo na contenção dos custos de estrutura", a CUF sublinha que "o impacto do agravamento do contexto de inflação, com uma maior pressão ao nível dos custos registados no primeiro semestre do ano". Traduziu-se, por isso, "num decréscimo dos resultados operacionais (-3,1%), comparativamente ao período homólogo de 2019", para 30,9 milhões de euros.

Os rendimentos operacionais consolidados tiveram um aumento de 27,5% até junho, face a 2019, atingindo os 313,7 milhões de euros. A empresa constata que houve nestes seis meses "um agravamento do contexto de inflação, com uma maior pressão ao nível dos custos com fornecimentos e serviços externos".

Em relação aos gastos operacionais, chegaram aos 259,9 milhões de euros, mais 30,1% do que no mesmo período de 2019 (na altura 199,8 milhões de euros).

"O rácio de dívida financeira líquida sobre EBITDA (resultado operacional acrescido de amortizações e depreciações e provisões e perdas por imparidade) reduziu de 5,39x, no final de 2021, para 4,68x, por via da redução da dívida financeira líquida, e o rácio de autonomia financeira aumentou de 16,7% para 18,3%, em virtude do reforço dos capitais próprios", informa ainda o grupo.
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