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Covid-19: Universidades de Lisboa e Coimbra suspendem todas as aulas presenciais

As universidades de Lisboa e Coimbra decidiram suspender todas as aulas presenciais com efeitos imediatos e por um período de duas semanas, anunciaram as instituições de ensino superior em comunicado.

Em 2013, a Universidade de Coimbra foi considerada Património Mundial da UNESCO. Durante séculos, foi a única universidade portuguesa e afirmou, na cidade do rio Mondego, uma identidade cultural.
09 de Março de 2020 às 21:55
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A medida insere-se num conjunto de medidas preventivas anunciadas pelas universidades no âmbito dos planos de contingência no combate ao surto de Covid-19.

Em comunicado, cada uma das duas universidades detalha ainda todas as atividades suspensas nas instituições da sua esfera de ação, que incluem museus e jardins botânicos, por exemplo.

A Universidade de Lisboa comunicou que "as escolas suspendem as atividades letivas presenciais, procedendo à sua substituição, sempre que possível, por outros meios de ensino, permitindo o acompanhamento das atividades escolares agora suspensas, através de instrumentos de ensino à distância".

"É ainda suspenso o funcionamento de bibliotecas, salas de estudo e dos refeitórios de alunos dos Serviços de Ação Social. As atividades físicas e desportivas, realizadas nas instalações do Estádio Universitário e das escolas, são suspensas, nomeadamente as que decorram em recintos fechados, ou mantidas com restrições", acrescenta a Universidade de Lisboa.

Quanto aos estudantes em residências que não necessitem de frequentar aulas são aconselhados a regressar a casa, "às suas residências habituais", mantendo-se nas residências "apenas o funcionamento indispensável para assegurar o apoio a casos excecionais".

"As atividades de grupo desenvolvidas nos museus da Universidade de Lisboa, e nos seus jardins botânicos são suspensas, mantendo-se a abertura ao público no caso de visitantes individuais", adianta a instituição.

Em termos de trabalho, a Universidade de Lisboa refere que será incentivado o teletrabalho e canceladas as deslocações em serviço, e que casos suspeitos, incluindo os regressados de zonas de risco devem ficar em auto-isolamento.

"Estas medidas, que se aplicam nas próximas duas semanas, serão ajustadas conforme a necessidade e a evolução da situação", adianta a Universidade de Lisboa.

A Universidade de Coimbra, que anunciou a aplicação do seu plano de contingência "com efeitos imediatos por um período de pelo menos 15 dias", decidiu também suspender aulas presenciais, "substituindo-se por métodos digitais para promoção de um ensino à distância a serem desenvolvidos nos próximos dias".

"Serão igualmente suspensos e adiados todos os eventos científicos, culturais e desportivos, assim como as atividades em bibliotecas e salas de estudo, o circuito turístico, a visita a museus e a utilização das infraestruturas culturais e desportivas -- designadamente o Estádio Universitário de Coimbra e o Teatro Académico de Gil Vicente. Devem ser também suspensas e adiadas todas as deslocações profissionais ou académicas no país e no estrangeiro", adianta em comunicado.

A Universidade de Coimbra anunciou ainda que vão ser criados "espaços de isolamento próprios" em diversos polos da universidade.

Nas cantinas será adotado o modelo de 'take-away', "evitando a abertura de espaços comuns".

Ao nível dos serviços, a Universidade de Coimbra está a tomar medidas de desmaterialização e digitalização para "diminuir e evitar contactos pessoais", identificando "os grupos mais vulneráveis para implementação do regime de teletrabalho".

"A Universidade de Coimbra reafirma a sua intenção de garantir a ausência de prejuízo no percurso escolar, académico e profissional às pessoas afetadas por estas medidas, tendo particular atenção relativamente aos estudantes mais carenciados", conclui o comunicado.

Em Portugal há 39 pessoas com Covid-19, a maioria na região Norte. No Algarve foi confirmado pelo menos um caso, em Portimão.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou quase mortos.

Mais de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, mas mais de 62 mil já recuperaram.
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