Os 7.125 óbitos motivados pela doença covid-19, que correspondem a 5,8% do total de mortes ocorridas no país em 2020, têm em conta "o número de óbitos em que a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte, foi a doença COVID-19", explica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de mortalidade desta doença (69 óbitos por cada 100 mil residentes) foi mais elevada nos homens (76,4 por cem mil habitantes) do que nas mulheres (62,5 por cem mil habitantes), sendo a idade média ao óbito mais elevada nas mulheres (83,4 anos) do que nos homens (79,9 anos). Mais de metade da mortalidade ocorreu nos dois últimos meses do ano.

De uma forma geral, a mortalidade esteve acima da média no norte (91,5 por cem mil habitantes) e na área metropolitana de Lisboa (71,5) a abaixo da média no Algarve (17,1) e na região centro (57,8).

Os dados também mostram que "as doenças do aparelho circulatório continuaram a estar na origem do maior número de óbitos em Portugal em 2020 (34 593)", com uma subida de 2,9% em relação ao ano anterior. Apesar disso, no primeiro ano da pandemia, o peso destas doenças diminuiu (para 28%).

Neste conjunto de doenças do aparelho circulatório "destacaram-se as mortes por acidentes vasculares cerebrais (11.439), com uma subida de 4,2% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, registaram-se menos óbitos por doença isquémica do coração (6.838 óbitos) e por enfarte agudo miocárdio (4.086 óbitos), em ambos os casos menos 4,4% do que em 2019".

Já as doenças respiratórias, que no âmbito da classificação da OMS não incluem a covid-19, causaram 11.266 óbitos, menos 8,0% do que em 2019. Destacam-se as mortes provocadas por pneumonia, 3,5% da mortalidade ocorrida em 2020.