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Costa recusa idosos como última prioridade na vacinação "porque as vidas não têm prazo de validade"
Confrontado com as notícias que dão conta de que um parecer técnico de especialistas em Saúde sugere que os idosos não devem ter prioridade no acesso às vacinas contra a covid-19, o primeiro-ministro rejeita a recomendação e afirma que "não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade".
O primeiro-ministro rejeita liminarmente as conclusões do parecer técnico, que fica assim com escassa margem de aprovação e acolhimento. As recomendações em causa foram noticiadas esta sexta-feira pelo Público e pelo semanário Expresso, tendo feito manchete em ambas as publicações.
"Há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos. Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade", defende António Costa através do Twitter, acrescentando que "as vidas não têm prazo de validade".Há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos. Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade.
— António Costa (@antoniocostapm) November 27, 2020
"As informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas", conclui o comunicado do Ministério da Saúde.
A Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19 (CTVC) foi criada a 4 de novembro e tem reunião prevista para esta sexta-feira. A recomendação preliminar apontava à vacinação de cerca de 750 mil pessoas no total dos três grupos prioritários propostos, segundo escreve o Público.
Marta Temido assegurou recentemente que "o Governo está a preparar tudo para poder ter a distribuição da primeira vacina em Janeiro". Esta semana, a ministra da Saúde excluiu qualquer risco de o país não estar preparado para o momento em que chegue a futura vacina contra a covid-19 e garantiu que a distribuição da mesma será feita por "populações em função de grupo etário, de exposição a fatores profissionais de maior risco e também da sua imprescindibilidade para a segurança geral".
Já depois do verão, o Governo assegurou que toda a população teria acesso à vacina contra a gripe, no entanto não se verificou o acesso generalizado prometido.