Com uma faturação global que atingiu os 340 milhões de euros no ano passado, dos quais 75% foram gerados em mais de 50 países, desde 1998 que a Bial operava em Moçambique através da Medimport, que atuava neste mercado como distribuidora de medicamentos, uma atividade que a maior farmacêutica mantinha apenas neste país.

Entretanto, a Bial decidiu "focar a sua atividade em Moçambique na comercialização de medicamentos, à semelhança do que acontece nos mercados internacionais onde está presente", tendo alienado a sua operação de importação e distribuição de especialidades farmacêuticas com a venda da empresa Medimport à francesa CFAO Healthcare.

"Considerando a aposta estratégia da empresa na Investigação e Desenvolvimento na área das neurociências e doenças raras, o grupo entendeu alienar uma operação que estava desligada do seu ‘core business’", explica a farmacêutica sediada na Trofa, em comunicado.

A empresa liderada por António Portela afiança que a alienação da atividade de importação e distribuição agora realizada e aprovada pelas autoridades "não interfere com a comercialização dos medicamentos Bial no mercado moçambicano", manifestando a sua "plena confiança na colaboração com a CFAO  para garantir a disponibilidade da gama de produtos Bial junto de todos os doentes e o apoio científico e médico aos profissionais de saúde moçambicanos".

A CFAO Healthcare é uma das principais empresas de logística farmacêuticas, com especial incidência no continente africano, contando com mais de 3.800 trabalhadores e uma presença em cerca de três dezenas de países em África.