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"O Presidente deve exigir políticas promotoras do emprego"

Voto em Francisco Lopes por várias razões. Em primeiro lugar, por ser uma candidatura que se demarca da que a direita suporta.

14 de Janeiro de 2011 às 07:53
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MÁRIO NOGUEIRA
Líder do Sindicato de Professores








Mas há outra razão forte. É que dentro dos que se situam à esquerda do actual Presidente, Francisco Lopes é um candidato que sempre se demarcou das políticas negativas e anti-sociais como as que desenvolve o Governo PS. Uma demarcação que não se esgotou na contestação porque apresentou alternativas. Não necessita de se refugiar no silêncio porque tem legitimidade para a crítica e defesa de outros caminhos, esses sim, efectivamente justos, solidários, patrióticos e de esquerda.

O PR deve dissolver a Assembleia após as eleições?
A dissolução deverá ser avaliada pela capacidade que revelar para responder com êxito às necessidades e exigências dos portugueses. Se o Governo, suportado pela actual maioria (declaradamente do PS e envergonhadamente PSD), continuar a desenvolver políticas de ataque aos trabalhadores e serviços públicos, rompendo mais laços de solidariedade e justiça social, então há razões para a dissolução e convocação de eleições.

Caso das próximas legislativas não saia uma maioria, deve pressionar uma coligação?
O Governo não tem necessariamente de ser de coligação, podendo o partido vencedor garantir convergências parlamentares com partidos de oposição. A questão está em saber-se para que lado pretende o vencedor convergir. O PSD, naturalmente, converge à sua direita; o PS, estranhamente, também o faz, procurando apoios no PSD e no CDS e nunca à sua esquerda, família política a que diz pertencer, mas sem ser praticante, como tem sido visível. O problema não se coloca na necessidade de uma coligação, mas na existência de uma política de alianças que, infelizmente, o PS parece preferir com o lado errado.

O que deve o PR fazer se a taxa de desemprego atingir os 11%?
Deveria agir antes disso, exigindo políticas promotoras de emprego e não o contrário. Quando chegarmos a 11% (declarado já que na realidade essa taxa já se verifica) o PR não pode fazer grande coisa, porque a situação já entrou numa descontrolada espiral difícil de suster. Apostar no aparelho produtivo e no reforço e requalificação de serviços públicos levaria à criação de empregos e, com eles, riqueza.


O Negócios vai ao longo da campanha eleitoral recolher depoimentos de várias personalidades que apoiam os candidatos à Presidência da República. Saiba na segunda-feira por que é que a presidente do ExperimentaDesign, Guta Moura Guedes, votará em Cavaco Silva.
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