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Maria de Belém: "Houve uma campanha negra dirigida contra mim"
Em entrevista ao jornal i, a antiga candidata à Presidência da República lamenta a "campanha negra" de que foi vítima, mas reitera que, mesmo sabendo o que sabe hoje, teria feito tudo na mesma.
Se soubesse o que sabe hoje, Maria de Belém diz que teria voltado a candidatar-se à Presidência da República. Apesar de considerar que foi vítima de "uma campanha negra", a ex-ministra da Saúde considera que é preciso que as mulheres se cheguem à frente e "dêem o corpo às balas". Até para desmontar a ideia de que, se não há mais mulheres na política, é porque elas não querem.
Numa entrevista ao jornal i, ocupada sobretudo a falar da condição feminina, Maria de Belém acaba por revisitar brevemente a batalha eleitoral para as presidenciais, um processo do qual saiu com um resultado muito baixo e uma dívida avultada para pagar do seu próprio bolso.
Garante que, "se soubesse o que sei hoje, ter-me-ia candidatado na mesma. Já sabia os riscos do que poderia acontecer". E os riscos foram o de ter o PS oficialmente neutral mas oficiosamente do lado de Sampaio da Nóvoa, deixando Maria de Belém praticamente isolada, e de, como qualquer figura pública, ver desenterradas posições passadas que pudessem ser usadas contra si no calor da campanha, como foi o caso da notícia sobre a sua posição relativamente às subvenções vitalícias, cujo direito já tinha assegurado por antecipação.
Maria de Belém, que já no passado tinha afirmado ter sido vítima de uma "onda populista e demagógica", reitera agora, mais de um ano depois das eleições, que "houve uma campanha negra dirigida contra mim que foi muito visível". Ainda assim, garante que está tudo apaziguado. Com o PS e com Marcelo Rebelo de Sousa, contra quem teve um debate de campanha confrontacional.
Diz que não tem de fazer as pazes com o PS, porque não estava zangada. "Ninguém tem de estar zangado comigo nem eu com ninguém. O meu percurso no PS foi aquele que achei que devia ser, não há zangas nem problemas", afiança.