Notícia
"Mundo rural" e touradas dividiram CDS-PP e PAN no frente-a-frente televisivo
Inês de Sousa Real rejeitou que o partido coloque os animais à frente das pessoas e, assumindo a causa animal, sublinhou que o partido não se resume a essa causa: "O PAN tem uma visão da sociedade progressista, de respeito profundo por todas as formas de vida", disse.
05 de Janeiro de 2022 às 00:30
Os líderes do CDS-PP e do PAN mostraram-se hoje em polos opostos sobre as questões do "mundo rural", as touradas e a caça, num debate em que Rodrigues dos Santos procurou caracterizar o adversário como radical.
"O PAN é um partido ambientalista radical que quer impor de forma ditatorial o seu modo de vida às famílias", começou dizer Francisco Rodrigues dos Santos, quase sempre ao ataque, no confronto transmitido pela RTP3, e que abordou também o descongelamento da taxa de carbono e aumento do preço dos combustíveis.
Sobre esse tema, Inês de Sousa Real defendeu o fim das isenções à indústria petrolífera, enquanto o presidente do CDS-PP insistiu na redução do preço dos combustíveis e na privatização de "todos os transportes públicos".
Mas as questões sobre a energia não duraram muito tempo em cima da mesa e rapidamente Francisco Rodrigues dos Santos introduziu os temas que viriam a dominar o frente-a-frente, quando acusou o PAN de querer destruir "o mundo rural e modo de vida" dos agricultores e produtores.
"Este discurso muito bem colocado esconde que o PAN é um lobo de pele de cordeiro. O objetivo do PAN é destruir o modo de vida dos verdadeiros ambientalistas: os agricultores, caçadores e produtores de animais", atirou o centrista, advertindo ainda que o fim dos apoios públicos à produção pecuária e do leite, como defende o PAN, faria aumentar os preços destes bens a valores incomportáveis para as famílias.
Em resposta, Inês de Sousa Real rejeitou que o partido coloque os animais à frente das pessoas e, assumindo a causa animal, sublinhou que o partido não se resume a essa causa: "O PAN tem uma visão da sociedade progressista, de respeito profundo por todas as formas de vida", disse.
Inês Sousa Real sustentou que "o mundo rural não se esgota na caça e muito menos na tauromaquia", defendeu a proibição das touradas e restrições à caça, e disse que há estudos que demonstram que a caça põe em perigo a biodiversidade.
Francisco Rodrigues dos Santos voltou a questionar Inês Sousa Real sobre a situação em que ficariam os trabalhadores desses setores, com a porta-voz do PAN a defender um período de transição para uma "empregabilidade verde".
Levando novamente o debate para o tema da tauromaquia em particular, Francisco Rodrigues dos Santos voltou a classificar o PAN como "ditador", afirmando que a esmagadora maioria dos portugueses não se opõe às touradas.
Já no final do frente a frente, transmitido hoje na RTP3, e quando questionados sobre a possibilidade de uma solução governativa que juntasse os dois partidos, depois de a líder do PAN ter admitido um acordo com o PSD, o presidente do CDS-PP disse que "com o PAN é absolutamente impossível".
Sem ser tão perentória, Inês de Sousa Real respondeu apenas que "teriam de ser as outras forças políticas a vir ao encontro do que o PAN defende".
"O PAN é um partido ambientalista radical que quer impor de forma ditatorial o seu modo de vida às famílias", começou dizer Francisco Rodrigues dos Santos, quase sempre ao ataque, no confronto transmitido pela RTP3, e que abordou também o descongelamento da taxa de carbono e aumento do preço dos combustíveis.
Mas as questões sobre a energia não duraram muito tempo em cima da mesa e rapidamente Francisco Rodrigues dos Santos introduziu os temas que viriam a dominar o frente-a-frente, quando acusou o PAN de querer destruir "o mundo rural e modo de vida" dos agricultores e produtores.
"Este discurso muito bem colocado esconde que o PAN é um lobo de pele de cordeiro. O objetivo do PAN é destruir o modo de vida dos verdadeiros ambientalistas: os agricultores, caçadores e produtores de animais", atirou o centrista, advertindo ainda que o fim dos apoios públicos à produção pecuária e do leite, como defende o PAN, faria aumentar os preços destes bens a valores incomportáveis para as famílias.
Em resposta, Inês de Sousa Real rejeitou que o partido coloque os animais à frente das pessoas e, assumindo a causa animal, sublinhou que o partido não se resume a essa causa: "O PAN tem uma visão da sociedade progressista, de respeito profundo por todas as formas de vida", disse.
Inês Sousa Real sustentou que "o mundo rural não se esgota na caça e muito menos na tauromaquia", defendeu a proibição das touradas e restrições à caça, e disse que há estudos que demonstram que a caça põe em perigo a biodiversidade.
Francisco Rodrigues dos Santos voltou a questionar Inês Sousa Real sobre a situação em que ficariam os trabalhadores desses setores, com a porta-voz do PAN a defender um período de transição para uma "empregabilidade verde".
Levando novamente o debate para o tema da tauromaquia em particular, Francisco Rodrigues dos Santos voltou a classificar o PAN como "ditador", afirmando que a esmagadora maioria dos portugueses não se opõe às touradas.
Já no final do frente a frente, transmitido hoje na RTP3, e quando questionados sobre a possibilidade de uma solução governativa que juntasse os dois partidos, depois de a líder do PAN ter admitido um acordo com o PSD, o presidente do CDS-PP disse que "com o PAN é absolutamente impossível".
Sem ser tão perentória, Inês de Sousa Real respondeu apenas que "teriam de ser as outras forças políticas a vir ao encontro do que o PAN defende".