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Emigração: PSD ganha três deputados, PS fica com um

Dez dias depois das eleições legislativas do passado dia 4 de Outubro, está concluída a atribuição dos deputados que se sentarão em São Bento. Nos círculos da emigração, tanto a coligação PSD/CDS como o PS mantiveram o mesmo número de mandatos.

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Contrariando algumas especulações, a coligação PSD/CDS e o PS repetiram os resultados das eleições de 2011 na contagem dos últimos dois círculos eleitorais, o círculo Europa e Fora da Europa, cuja representação está a cargo de dois deputados cada. Enquanto o PSD e o CDS elegeram, em conjunto, três parlamentares, o PS conseguiu um. No total, votaram 28 mil emigrantes nas eleições legislativas, num universo superior a 240 mil eleitores inscritos no estrangeiro.

O PSD e o CDS, conseguiram em conjunto 43,95% dos votos. O PS, que em 2011 tinha conseguido cerca de 30% dos votos dos eleitores no estrangeiro, não ultrapassou os 20%. Os 10% acabaram por ser recolhidos pelo partido Nós, Cidadãos!, que alcançou na China a sua maior representação, com cerca de 81,39% dos votos, um número que, apesar de tudo, não foi suficiente.

Apesar de manterem o número de deputados eleitos, este é o melhor resultado para o PSD/CDS no círculo da Europa dos últimos 24 anos. Com 39,95% dos votos, o PSD/CDS invertem os resultados das eleições legislativas de 2011, tornando-se a força política mais votada, lugar ocupado em 2011 pelo Partido Socialista, com cerca de 40% dos votos e que vê descer a sua votação para 29,88% neste escrutínio.

Carlos Gonçalves, do PSD, renova assim o seu lugar no Parlamento. O mesmo acontece a Paulo Pisco, o deputado reeleito pelo PS, actualmente coordenador dos deputados socialistas na Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades.

Já no círculo Fora da Europa, o PSD e o CDS elegeram os dois deputados, com 48,46% dos votos. No entanto, o destaque neste círculo vai para o partido Nós, Cidadãos! que retira o segundo lugar de força política mais votada ao Partido Socialista, que não conseguiu mais de 11% dos votos dos emigrantes Fora da Europa. José Cesário e Carlos Páscoa Gonçalves foram os dois deputados eleitos. As várias dificuldades que foram registadas no envio dos boletins de voto para os emigrantes redundaram na maior abstenção de sempre em eleições legislativas. Dos 242.852 eleitores inscritos nos círculos da emigração, só votaram 28 mil, o que representa uma abstenção de 88,5%. 

Houve diversos problemas nos votos da emigração: muitos portugueses alegaram não ter recebido os boletins, apesar de estarem recenseados no estrangeiro (algo que a administração eleitoral atribuiu ao facto de, em eleições anteriores, os envelopes terem sido devolvidos duas vezes). As queixas foram particularmente evidentes em Macau, onde o Nós, Cidadãos! acalentava a expectativa de eleger um deputado.
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